O “Encontro dos Cabo-verdianos e Seus Amigos” na cidade de Loulé, Algarve, completou no dia 01 de Maio 30 anos, e o padre que todos os anos celebra a missa nesse evento destacou a dinâmica do povo cabo-verdiano.
Em declarações à Inforpress, padre César Chantre explicou que nesses 30 anos os cabo-verdianos conseguiram agregar nesse encontro povos de outras nações, sobretudo dos outros países da África, mas também do leste europeu e portugueses, entre outros.
"Portanto, começamos com meia dúzia de cabo-verdianos e neste momento há um mosaico de nacionalidades e de culturas que só se deve a um povo tão dinâmico como é o cabo-verdiano”, disse o padre, também natural de Cabo Verde.
Organizado pela Associação Esperança e Paz, esse grupo de cabo-verdianos tem persistido há 30 anos e sempre no dia 01 de Maio, Dia do Trabalhador, para que não se perca a tradição, a cultura e a sua identidade, desde que chegaram a Portugal, país que lhes acolheu.
“A festa já completou 30 anos e daqui a 30 anos, já não estarei aqui, mas tenho 16 netos que penso que vão dar continuidade e há alguns já começaram a dar a contribuição na organização da festividade”, frisou Lídia Silva, presidente da Associação Esperança e Paz, e fundadora do “Encontro de Cabo-verdianos e Seus Amigos”.
Para Lídia Silva, a participação de pessoas de outras nacionalidades é porque os “cabo-verdianos são humildes” e em Loulé os cabo-verdianos são tratados “muito bem”, tanto pela câmara municipal como pela igreja.
O “Encontro de Cabo-verdianos e Seus Amigos” é um momento de reunião e convívio entre os migrantes e residentes em Loulé e outras cidades de Algarve, que inicia sempre com uma missa no Santuário da Nossa Senhora da Piedade, seguido de um almoço convívio, no Salão de Festas de Loulé, onde não falta a gastronomia cabo-verdiana, como a cachupa ou os doces caseiros.
Desde 1994, a comunidade cabo-verdiana, uma das mais numerosas e dinâmicas do município de Loulé, realiza esta festa denominada de “Encontro dos Cabo-verdianos e Seus Amigos”, em estreita colaboração com a Igreja Católica e com o apoio da Câmara Municipal de Loulé.
Este ano, estiveram presentes várias entidades como o padre Carlos Varela, pároco de Nossa Senhora da Graça, os presidentes da câmara e Assembleia Municipal de Loulé, Vítor Aleixo e Carlos Gomes, respectivamente, representante da Embaixada de Cabo Verde em Portugal, Ângela Barbosa, que é gestora do Centro Cultural Cabo Verde (CCCV), em Lisboa, e representantes da Agência para a Integração, Migrações e Asilo (AIMA), entre outras.
A Semana com Inforpress
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