A primeira edição do Festival Cultural Raízes e Ritmos arranca hoje na capital do arquipélago da Madeira, Funchal (Portugal), visando dar a conhecer e promover os diversos aspectos da cultura de Cabo Verde.
À Inforpress, a cônsul honorária de Cabo Verde na Madeira, Susana Gramilho, indicou que o evento que terá início hoje, na Quinta Magnólia - Centro Cultural, e termina a 08 de Junho, de forma faseada.
É promovido pelo Consulado Honorário da República de Cabo Verde na Região Autónoma da Madeira e pela Embaixada de Cabo Verde em Portugal, em parceria com a Associação de Promoção da Macaronésia (APMM).
“Na qualidade de cônsul e também como presidente da Associação de Promoção da Macaronésia na Madeira, tenho procurado promover vários eventos nesse sentido, também na promoção da Macaronésia e acreditar que Cabo Verde também sai privilegiado e beneficia. Acho que Cabo Verde tem uma cultura tão rica que deve ser dada a conhecer e ser promovida”, frisou Susana Gramilho.
Arte, música, literatura e gastronomia vão estar a ser divulgadas nesta primeira edição do Festival Cultural Raízes e Ritmos, evento que terá hoje o primeiro ponto na agenda, às 15:00 local, a inauguração da exposição “Entre Ilhas - Narrativas Plásticas e Visuais de Cabo Verde” com obras de 23 artistas que “celebram a diversidade cultural das ilhas cabo-verdianas, estabelecendo conexões entre o arquipélago e o mundo”.
“A exposição é muito rica, acredito que qualquer visitante sairá de lá mais enriquecido pela sua redundância. As obras foram seleccionadas pelo arquitecto Ricardo Vicente, do Centro Cultural Cabo Verde, em Lisboa, que é responsável pela curadoria da exposição”, explicou.
Ainda hoje, conforme Susana Gramilho, a morna “será um dos destaques” do festival, já que depois da inauguração da exposição haverá u momento musical com esse género reconhecido como Património Imaterial da Humanidade pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), interpretado pela cantora Maria Alice e pelo pianista Humberto Ramos, seguido o momento do momento gastronómico, com o chef Elson da Luz.
“Em primeiro lugar, conheço o Elson há muito tempo. Ele é um grande um excelente profissional (…). Não duvido que será um momento muito especial”, referiu a cônsul, lembrando das iniciativas literárias no festival que destaca a importância da língua portuguesa como um vínculo cultural comum.
O workshop “Liberta o escritor que há em ti”, ministrado por João Manuel Ribeiro também vai fazer parte do evento no dia 13 de Abril, seguido do lançamento do livro “Insonhável aventura” da escritora cabo-verdiana Manuela Vieira.
O Festival Cultural Raízes e Ritmos também inclui um programa educativo, de 06 a 10 de Maio, convidando os participantes, alunos de algumas escolas do primeiro ciclo da região, a expressarem sua criatividade através da pintura ao som da morna, “enriquecendo assim sua compreensão cultural e educacional”
Na sessão de encerramento do festival, no dia 08 de Junho, Manuela Vieira também lançar o livro “Maria Campinas, a menina que veio das estrelas”, a anteceder a apresentação das telas pintadas pelas crianças, numa sessão a ser conduzida pelo arquitecto Manuel Andrade.
“Pretendo realizar o mesmo festival, ou muito semelhante, nos restantes arquipélagos da Macaronésia. Faz todo o sentido realizar esta exposição, embora também seja exibida em Cabo Verde, mas principalmente para promover a cultura cabo-verdiana nas Canárias e nos Açores”, concluiu.
A Semana com Inforpress
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