A indisciplina no trânsito, provocada pela falta de atenção, pressa dos condutores, excesso de velocidade, pressão do tempo tem suscitado alguma inquietação a condutores e transeuntes da Praia que almejam uma cidade organizada a todos os níveis.
Preocupados com a condução “indisciplinada e irresponsável” na Praia, mas não só, a maioria dos condutores também transeuntes, em conversa à Inforpress, entendem que organizar a Cidade da Praia a todos os níveis, é uma questão de mudança de mentalidade, e não tão só da responsabilidade do Governos ou das autoridades.
Neste particular, apontam, por exemplo, que ignorar as regras de ultrapassagem, não sinalizar manobras, mexer ou falar no telemóvel, são algumas atitudes no trânsito que podem colocar a vida das pessoas em risco ou provocar acidentes, mas ao que parece as pessoas “não estão nem aí”.
Parafraseando José Gonçalves, que fazia o programa Prevenção Rodoviária, Jailson Rodrigues, condutor profissional, lembra que vida é uma só, que mais vale perder um minuto na vida do que a vida num minuto.
“As pessoas vivem com muita pressa, está-se a uma velocidade mil, ninguém tem paciência ou respeita o outro, ofendem as pessoas com palavrões… por outro lado os pedestres não sabem utilizar as passadeiras (…). Na verdade, é uma pressão ao volante e na estrada que adoece”, desabafou, considerando-se um condutor prudente.
Reclamando a ausência de policiais de trânsito ou mais semáforos, desde que “bem colocados” e em locais de maior movimento e desorganização do trânsito, indicando a rotunda do Sucupira como um exemplo, onde “quem ki sabi mass conta midjor”, alguns condutores apelam aos colegas a mais cautela e prudência na condução, especialmente os de táxi.
“Se cada um fizer a sua parte o trânsito flui e a condução será mais tranquila, evitando riscos e sinistralidades na estrada. Mas todo o mundo ‘crê meti boca’ [avançar sem cedência de passagem], porque tem pressa, a par da infração dos passageiros”, comentou Alcindo Tavares, condutor amador.
Para Adelaide que fez a carta recentemente, disciplinar, organizar o trânsito, promover a segurança dos transeuntes e diminuir a sinistralidade rodoviária é da responsabilidade de todos e de cada um.
“Dirigir com segurança no trânsito é responsabilidade de todos. Na verdade, fiz a carta de condução há cerca de um ano, mas conduzir na Praia não é fácil. Acho que as pessoas esquecem tudo o que aprenderam depois do exame, tomando o volante por conta própria fazem o que bem entenderem nas rodovias, sem ter em conta que uma boa condução promove a segurança”, exteriorizou.
Fazendo essa leitura, a ainda “inexperiente ao volante”, conforme admitiu, desafia as autoridades competentes a pensarem também num parque de estacionamento aéreo ou subterrâneo, considerando a frota de veículos na capital do país, a demanda diária por estas áreas da cidade, Avenida Cidade Lisboa, bairro da Fazenda, Avenida Marginal, quer de veículos quer de peões.
Entretanto, uns e outros concluem, referindo que trânsito seguro ainda é possível, se se pensar que é um dever de todos e de cada um, desde pedestres até motoristas e passageiros.
A Semana com Inforpress
05 de abril 2024
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