O reverendo da Igreja do Nazareno considera que a crucificação de Cristo representa a sua vitória sobre a morte, considerando “urgente” o homem acertar o seu relacionamento com Deus, seguir os seus mandamentos na construção de um mundo melhor.
David Araújo fez estas considerações à Inforpress, no âmbito das celebrações da sexta-feira paixão, que é uma data religiosa cristã que relembra a crucificação de Jesus Cristo e sua morte no Calvário e antecede o domingo de Páscoa.
“A nossa semana santa é muito importante para a igreja cristão, Igreja do Nazareno é um ramo da igreja cristão. Estamos a preparar a celebração da Páscoa que é uma das festas mais importantes da cristandade, temos uma semana de meditações diárias desde a entrada de Jesus na Jerusalém, crucificação e até ao momento da ressurreição”, salientou.
Na quinta-feira, indicou, a Igreja do Nazareno realizou a cerimónia da santa ceia para relembrar a morte de Cristo em favor dos homens e também anunciar o seu regresso, lembrando que a referida cerimónia tem esses dois apectos, que é anunciar o passado, lançar o olhar perspectivo em relação ao futuro e reforçar a comunhão da igreja.
Hoje, prosseguiu, está prevista a cerimónia de crucificação que conta com sessão de baptismo na Prainha, continuação das meditações e actividades durante o dia para celebrar a ressurreição de Jesus Cristo.
“A crucificação, muitas vezes quando pensamos na cruz temos uma imagem negativa, temos a cruz nos cemitérios, quando passamos por uma dificuldade, dor definimos o momento como a nossa cruz, mas a cruz é símbolo de vitória porque Cristo morreu em favor dos nossos pecados, o sacrifício é eficaz”, lembrou.
Realçou ainda que a cruz tem dois sentidos sendo que o sentido vertical representa o relacionamento entre o homem e Deus e a parte horizontal simboliza o relacionamento entre o homem e o seu próximo.
“Precisamos acertar o nosso relacionamento com Deus, precisamos ouvir a voz de Deus, precisamos seguir os mandamentos de Deus, isso é fundamental para termos um mundo melhor. Agora, mais do que nunca num mundo de muita dor, guerra, conflitos faz sentido essa mensagem da cruz e não é somente ter uma profissão de fé e ter uma igreja na qual sou membro mas sim viver o cristianismo sob a orientação, a bússola que é a palavra de Deus”, afirmou.
“Se focarmos apenas na parte tradicional e formal vimos que a repetição das cerimónias poderá nos fazer perder o espírito e o amor à cruz. Há evidências de que como sociedade temos feito várias tentativas para termos um mundo melhor, mas humanamente não estamos a conseguir, há uma falência na sequência das expectativas”, concluiu.
A Semana com Lusa
29 de março 2024
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