quinta-feira, 14 novembro 2024

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Banco Mundial alerta Cabo Verde para eliminação das barreiras regulamentares que dificultam investimento privado

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O ambiente competitivo limitado, transportes e logística e energia são os constrangimentos transversais ao investimento privado em Cabo Verde identificados no Diagnóstico do Sector Privado Nacional (DSPN) realizado pela International Finance Corporation (IFC) e o Banco Mundial.

 

«Sendo uma pequena economia insular, Cabo Verde é estruturalmente propenso à concentração de mercado com concorrentes limitados. As empresas em Cabo Verde enfrentam riscos decorrentes da presença do Estado em vários sectores, regulamentações que aumentam os custos operacionais e fraca aplicação da concorrência e da regulamentação sectorial”, refere o documento.

 

Neste sentido, de acordo com o relatório publicado segunda feira  na cidade da Praia, e que irá ajudar a formar o quadro de parceria com o Governo de Cabo Verde, o Banco Mundial alerta o Governo de Cabo Verde para a necessidade da eliminação das barreiras regulamentares que ainda dificultam o investimento privado.

Conforme o documento, isto implica o reforço das capacidades institucionais para implementar regulamentos que promovam o potencial de concorrência do mercado, o que é fundamental para atrair investimentos que aumentem a produtividade, expandem a base económica e capacitem mais empresas e empresários para competirem globalmente em termos de preços e qualidade.

“Sendo uma pequena economia insular, Cabo Verde é estruturalmente propenso à concentração de mercado com concorrentes limitados. As empresas em Cabo Verde enfrentam riscos decorrentes da presença do Estado em vários sectores, regulamentações que aumentam os custos operacionais e fraca aplicação da concorrência e da regulamentação sectorial”, refere o documento.

O relatório do estudo realizado em conjunto pela IFC e pelo Banco Mundial adianta que o “papel significativo” do Governo como regulador e interveniente no mercado em sectores competitivos precisa ser reequilibrado para permitir o aumento da concorrência através da entrada de privados.

“As empresas com participação pública directa e indirecta igual ou superior a 10 por cento, referidas como “negócios do Estado,” detinham participações em 33 empresas, representavam 18 por cento do PIB e empregam mais de 3.100 trabalhadores (3,5 por cento do emprego formal) em 2019”, refere.

Conforme a mesma fonte, o reequilíbrio deverá centrar-se na separação dos serviços verticalmente integrados, na liberalização dos mercados através de parcerias público-privadas (PPP) e na implementação de medidas de desinvestimento, quando apropriado.

Por outro lado, o Banco Mundial e a IFC propõem a liberalização ainda mais o mercado, pelo que considera ser essencial a introdução do licenciamento baseado no risco, ajuste os controlos de preços e facilitação na partilha de infraestruturas em sectores facilitadores essenciais.

“A concorrência limitada nos principais mercados de factores de produção não só se traduz em elevados custos de Internet e energia e em serviços aéreos e marítimos pouco fiáveis (passageiros e transporte marítimo), mas também diminui o atractivo de Cabo Verde para os turistas”, alertaram as duas entidades.

O relatório, apresentado esta segunda-feira na Praia, realça, entretanto, que a criação de uma nova autoridade da concorrência em 2022 é um passo positivo para melhorar o ambiente competitivo.

Contudo, sugere que a autoridade precisa ser ainda mais reforçada através de recursos humanos e de capital adicional e de uma demarcação clara de funções entre os reguladores sectoriais, de modo a supervisionar os mercados de forma mais eficaz.

“Uma política de concorrência sólida é essencial para permitir o investimento privado e aplicar regras pró-concorrência que garantam condições de concorrência equitativas. Cabo Verde pode aproveitar oportunidades importantes abrindo os seus mercados ao investimento privado, reformando o seu ambiente regulamentar para criar condições de concorrência equitativas.

Este DSPN avaliou sectores onde reformas direccionadas poderiam aumentar o investimento privado, contribuir para o crescimento e apoiar a criação de empregos, alinhando-se com a visão estratégica do Governo.

O turismo, a economia azul e os serviços digitais foram apontados como sendo os principais sectores onde há oportunidades de investimento privado.

 

A Semana com Inforpress

 

05 de março 2024

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Colunistas

Opiniões e Feedback

David Dias
2 days 10 hours

Todos querem ser escritores. Todos, todos, todos.

António
4 days 9 hours

Descilpem, mas os antigos reformados não vivem assim, pois pensões não foram atualizadas.

António
12 days 8 hours

Quando as eleições terminarem fiscalize essas construções em russ estreitas e que são autenticas autenticas bombas

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