O Instituto Nacional de Estatística (INE) de Cabo Verde, em parceria com o banco central, terminou hoje a formação de uma equipa que vai conduzir um inquérito para ajudar a descobrir onde param as moedas do arquipélago.
O problema chegou a gerar acesas discussões em autocarros e a causar prejuízos para vendedoras de rua, pela impossibilidade de entregar troco nas transações.
A recolha terá início na segunda-feira, com duração de uma semana, e ocorrerá em cinco concelhos, abrangendo uma amostra de 1.528 residentes.
A medida é uma das ações anunciadas pelo Banco de Cabo Verde (BCV) para fazer face às queixas da população, de escassez de moedas, a par de campanhas de sensibilização para que se recoloque dinheiro guardado a circular.
Motoristas, vendedoras, taxistas e clientes têm tentado lidar com uma falta de moedas, sentida sobretudo a meio de 2024, segundo relataram na altura à Lusa.
O problema chegou a gerar acesas discussões em autocarros e a causar prejuízos para vendedoras de rua, pela impossibilidade de entregar troco nas transações.
Alguns estabelecimentos resolveram entregar rebuçados em substituição das moedas de menor valor.
O inquérito que arranca segunda-feira pretende “avaliar os hábitos” no uso de moedas, para “compreender melhor a disponibilidade, capacidade, comportamentos e práticas das populações”, explicou o INE.
Cabo Verde tem 68,9 milhões de moedas em circulação, segundo dados do banco central, que emite 2,3 milhões de moedas anualmente.
“A proporção de moedas em relação ao total do numerário (notas e moedas) é de aproximadamente 3,5%, em alinhamento com os parâmetros internacionais”, acrescentou o Banco de Cabo Verde (BCV), que espera encontrar respostas no inquérito a realizar na próxima semana.
A Semana com Lusa
Entrega de rebuçados
"Alguns estabelecimento s resolveram entregar rebuçados em substituição das moedas de menor valor." - Não há nenhum problema nisso, desde que também aceitem como pagamento rebuçados.Terms & Conditions
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