sexta-feira, 14 março 2025

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Portugal: Investigadores desvendam capacidade anti-inflamatória em cianobactérias de Cabo Verde

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Investigadores do Centro Interdisciplinar de Investigação Marinha e Ambiental (CIIMAR) da Universidade do Porto (Portugal) desvendaram um conjunto de pigmentos com características anti-inflamatórias em cianobactérias marinhas de Cabo Verde que podem vir a ser aplicadas na industria cosmética.

A investigação, desenvolvida ao abrigo de um doutoramento, analisou a aplicação cosmética de diferentes estirpes de cianobactérias recolhidas durante uma expedição a Cabo Verde, avançou à Lusa a investigadora Graciliana Lopes.

“O objetivo era explorar cianobactérias de diferentes 'habitats' e regiões do mundo, uma vez que estes microorganismos conseguem adaptar-se a condições muito extremas e variáveis”, assinalou a investigadora, que liderou o estudo publicado na revista Algal Research. 

A crescente procura de produtos cosméticos para o tratamento de condições como a rosácea, acne inflamatório e diferentes tipos de dermatites "tem motivado a comunidade científica a procurar ingredientes alternativos, de origem natural, eficazes, inovadores e ao mesmo tempo sustentáveis". 

Ao longo do estudo, foram desvendados "compostos de interesse" nas cianobactérias analisadas, tendo a equipa testado o seu potencial em laboratório.

"Conseguimos extrair delas um conjunto de pigmentos que, pela sua composição qualitativa, revelam ter uma atividade anti-inflamatória muito interessante", adiantou Graciliana Lopes, acrescentando estes pigmentos atuam tanto na resolução, como na prevenção da inflamação. 

Segundo a investigadora, outra das vantagens destas cianobactérias é que "não são produtoras de toxinas", o que as torna "muito mais seguras e biocompatíveis" para ser aplicadas.

"Neste estudo encontramos várias cianobactérias que são muito promissoras porque produzem estes pigmentos na proporção ideal para este ter efeito benéfico", assinalou. 

O facto de terem a estirpe isolada permite aos investigadores cultivarem estas cianobactérias, ou seja, de uma pequena amostra produzir "uma grande quantidade" em condições de temperatura e luz controladas. 

"Uma das grandes vantagens de trabalhar com cianobactérias é conseguir manter sempre a mesma qualidade ou o mesmo perfil de compostos porque a cultura é feita através de uma espécie única. Não está contaminada com outras espécies e condições abióticas, ou seja, a temperatura, salinidade e luz são sempre constantes, o que nos permite garantir que vamos extrair delas sempre a mesma coisa", acrescentou. 

À Lusa, Graciliana Lopes, do grupo de investigação em biotecnologia azul, saúde e ambiente do CIIMAR, avançou ainda que o próximo objectivo passa por incorporar os extratos numa fórmula farmacêutica para fazer prova de conceito. 

Já a estudante de doutoramento Janaina Morone salienta, citada no comunicado do CIIMAR, que as cianobactérias são "refinarias verdes que produzem uma imensidão de compostos com aplicações biotecnológicas de elevado interesse". 

 

A Semana com Lusa

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Colunistas

Opiniões e Feedback

Mindoca
15 hours 35 minutes

O que esse homem quer é fazer prova de vida. É que ele parece que está vivo, mas não está. Nem agora nem quando ele foi ...

Terra
21 hours 15 minutes

Deve ser fiscalizado antes de sair de Cabo Verde tb o dinheiro de contracto deve ser investido nos coitados de Cabo Verde nao ...

liberdade
1 day 21 hours

Mesmo complicado se ha verdade adiver essas brucracia pela mor de Deus?

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