sexta-feira, 14 março 2025

D DESPORTO

Ministro cabo-verdiano defende em São Tomé políticas para inclusão e valorização da diáspora  

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Cabo Verde e São Tomé e Príncipe partilharam este sábado experiências sobre a imigração, durante uma conferência realizada na capital são-tomense, com foco numa “diplomacia das comunidades” e políticas públicas para a inclusão e valorização da diáspora.

O evento foi organizado pela Associação Cabo-verdiana de Ação Social em São Tomé e Príncipe (ACAS-STP) sob o tema “Diáspora e Desenvolvimento - Migração Cabo-verdiana para São Tomé e Príncipe”, e contou com a participação do ministro das Comunidades e do Mar de Cabo Verde, Jorge Santos.

“Hoje, cada vez mais, estamos a entender que a diáspora, as nossas diásporas, as comunidades, as nossas migrações, os nossos migrantes, são um capital endógeno dos nossos países, mas é preciso ir lá ter com eles, acarinhá-los e levá-los a ter cada vez melhor integração e só é possível com políticas públicas, com uma visão aberta, com uma visão de liderança”, disse Jorge Santos.

O ministro das Comunidades de Cabo Verde referiu que passaram os tempos em que a relação com a diáspora era vista “só pela saudade, pelos contratados, pelo trabalho menos digno, como algo que era um problema”.

“Hoje não. Hoje é um potencial, porque atrás das pessoas tem o poder social, tem o poder económico, o poder cultural e o poder desportivo”, defendeu o ministro cabo-verdiano, sublinhando que a emigração não é uma fatalidade.

Jorge Santos realçou que apenas 500 mil (25%) dos cabo-verdianos residem nas ilhas de Cabo Verde, enquanto 1,5 milhões (75%) residem na sua imensa diáspora na América, na Europa, em África e na Ásia. Por isso, defendeu “uma nova visão” da forma de fazer as relações diplomáticas para “não só fazer a diplomacia formal, mas também fazer a diplomacia das comunidades”, que considera “tão importante ou mais importante” num acréscimo ao desenvolvimento nacional.

Segundo Jorge Santos, a participação da diáspora cabo-verdiana “representa 34% do seu Produto Interno Bruto”, através das remessas financeiras e o capital humano, o investimento direto na economia em vários setores de rendimento e também no investimento social, no empreendedorismo social, nas encomendas, o apoio de saúde, o apoio de educação e o apoio familiar.

“Hoje, o maior equilibrador social e do estoque de divisas do país são as nossas comunidades, cujo montante em numerário já ascende a 400 milhões de dólares americanos [380,9 milhões de euros] por ano, anualmente transferidos”, apontou, realçando que isso “exige políticas públicas de criar um ecossistema favorável, facilidades fiscais e facilidades” para criar essa atração e fazer chegar e regressar esse capital.

O primeiro-ministro são-tomense realçou que o os Governos de Cabo Verde e de São Tomé Príncipe têm estado “a trabalhar, ao longo das últimas décadas, com muito esforço, com muito afinco para que os cabo-verdianos em São Tomé e Príncipe e os são-tomenses em Cabo Verde “possam se sentir em casa”.

“Todos nós sabemos o papel relevante de Cabo Verde na formação dos jovens são-tomenses, o papel relevante de Cabo Verde no apoio social à comunidade cabo-verdiana em São Tomé e Príncipe e o empenho que os dois Governos têm de fortalecer e desenvolver a cooperação económica multiproveitosa para os nossos dois povos”, disse Patrice Trovoada.

Para o chefe do Governo são-tomense, o principal ou único desafio neste processo “é sem dúvida a conectividade marítima e aérea entre São Tomé e Príncipe e Cabo Verde”, sendo uma situação que os dois países esperam ver ultrapassada em parceira com Angola.

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Colunistas

Opiniões e Feedback

Mindoca
17 hours 52 minutes

O que esse homem quer é fazer prova de vida. É que ele parece que está vivo, mas não está. Nem agora nem quando ele foi ...

Terra
23 hours 32 minutes

Deve ser fiscalizado antes de sair de Cabo Verde tb o dinheiro de contracto deve ser investido nos coitados de Cabo Verde nao ...

liberdade
1 day 23 hours

Mesmo complicado se ha verdade adiver essas brucracia pela mor de Deus?

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