quinta-feira, 14 novembro 2024

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“É muito bom recordar a história, trabalhar a memória, mas não podemos descuidar do futuro” – Pedro Pires

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O presidente da Fundação Amílcar Cabral e antigo Presidente da República, Pedro Pires, disse hoje, no Mindelo, que é “muito bom” recordar a história, trabalhar a memória, mas que “não se pode descuidar do futuro”.

 

Quanto às comemorações do centenário, Pedro Pires acredita que foram alcançados os objectivos inicialmente traçados, por exemplo de “levar Cabral ao maior número de países, de espaços, de tempo possível”.

 

O também ex-combatente da liberdade da pátria deixou o alerta ao participar na conferência realizada pela Universidade Lusófona de Cabo Verde (ULCV), em São Vicente, para assinalar o centenário do nascimento de Amílcar Cabral.

Como um dos oradores da palestra “A influência do legado teórico, político e ético de Amílcar Cabral no contexto actual”, Pedro Pires destacou a personalidade do herói nacional, que, como disse, debatia-se com os problemas presentes, mas pensava sempre no futuro.

“É muito bom recordar a história, trabalhar a memória, mas não podemos descuidar do futuro”, reiterou a mesma fonte, que procurou partilhar com os presentes os ideais de Cabral.

Entre estes, também disse ser preciso debater a forma de se ultrapassar a questão da violência e da crueldade presentes no panorama internacional.

Quanto às comemorações do centenário, Pedro Pires acredita que foram alcançados os objectivos inicialmente traçados, por exemplo de “levar Cabral ao maior número de países, de espaços, de tempo possível”.

Tanto assim é que, segundo a mesma fonte, já se está a pensar na celebração do 20 de Janeiro, data do falecimento do herói nacional.

Além da conferência, a ULCV tem programado ainda mais uma actividade para assinalar o centenário de Cabral, na terça-feira, 12, com a exibição do filme “Nha Fala (2002)” de Flora Gomes.

Amílcar Cabral nasceu em Bafatá, Guiné-Bissau, a 12 de Setembro de 1924, filho do professor Juvenal Lopes Cabral (cabo-verdiano de ascendência guineense), e de Iva Pinhel Évora (nascida na ilha de Santiago, Cabo Verde).

Aos oito anos a família mudou-se para Santa Catarina, Santiago, onde fez o ensino primário.

Os estudos liceais seriam feitos no Liceu Gil Eanes, no Mindelo, São Vicente, onde passou a viver com a mãe e os irmãos, até 1943. Em 1944, mudou-se para a cidade da Praia (Santiago), onde começou a trabalhar na Imprensa Nacional.

Em 1945, consegue uma bolsa de estudos, ingressando no Instituto Superior de Agronomia da Universidade Técnica de Lisboa, onde juntamente com outros estudantes africanos começou a encetar a libertação de Guiné-Bissau e Cabo Verde do jugo português, que teve como palco de luta armada a Guiné-Conacri.

A Semana com Inforpress

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Colunistas

Opiniões e Feedback

David Dias
1 day 18 hours

Todos querem ser escritores. Todos, todos, todos.

António
3 days 17 hours

Descilpem, mas os antigos reformados não vivem assim, pois pensões não foram atualizadas.

António
11 days 15 hours

Quando as eleições terminarem fiscalize essas construções em russ estreitas e que são autenticas autenticas bombas

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