Funcionários da Ficase iniciaram hoje, na cidade da Praia, uma greve de dois dias para reivindicar a actualização do Plano de Carreiras, Funções e Remunerações (PCFR), que aguardam “há mais de três anos”.
“São eles que lidam com as bolsas de estudo, a saúde escolar, alimentação escolar, o apadrinhamento das crianças, então, neste sentido, eles merecem e é de direito que tenham também um salário e condições de trabalho digno”, elencou o sindicalista.
Em declarações à Inforpress, o secretário Nacional do Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Administração Pública, Luís Lima Fortes, explicou que há mais de três anos os 21 funcionários estão à espera de uma alteração do novo PCFR em vigor, avançando que os mesmos têm o salário “mais baixo” da Administração Pública.
“Isso poderá ser constituído ilegal e injusto, tendo em conta a importância desta instituição, que é uma fundação equiparada a um instituto, cujos dirigentes do concelho de administração têm um salário igual a um instituto e os trabalhadores têm um salário inferior àquilo que é praticado na Administração Pública”, comentou.
O sindicalista afirmou que já tentaram negociar com o conselho directivo durante todos esses anos, mas que ainda não conseguiram resolver a situação, apesar de terem apresentado todas as propostas.
“Da última vez que apresentamos uma proposta eles aceitaram, só que na segunda-feira,11, enviaram um documento que não tem nada a ver com a proposta que nós acordamos”, avançou.
Por isso, explicou, esses trabalhadores recorreram à greve como um instrumento "legal e importante" para demonstrar à sociedade civil e a toda a população que há uma instituição no país que "não tem cumprido" com os trabalhadores.
Por outro lado, Luís Lima Fortes destacou a importância do trabalho desses funcionários, lembrando que os mesmos merecem e têm o direito a um salário e condições de trabalho digno para poderem desenvolver a suas actividades com melhor desempenho.
“São eles que lidam com as bolsas de estudo, a saúde escolar, alimentação escolar, o apadrinhamento das crianças, então, neste sentido, eles merecem e é de direito que tenham também um salário e condições de trabalho digno”, elencou o sindicalista.
A mesma fonte lembrou que esta reivindicação foi feita desde o início da aprovação do PCCS, em 2015, e que o mesmo não correspondia a um salário digno dos funcionários.
Luís Lima Fortes assegurou que se a situação se mantiver vão partir novamente para a luta, mas, afirmou, os funcionários estão sempre abertos a novas negociações, desde que seja, uma “negociação séria, com documentação que espelhem a contribuição dos trabalhadores e do sindicato e o direito do trabalhador a um salário justo e melhores condições de trabalho.
A greve ocorreu à frente do edifício da Ficase, na Achada Santo António, na cidade da Praia, e ainda na ilha de São Vicente.
No passado mês de Setembro, as cozinheiras da mesma instituição iniciaram uma greve de três dias a nível nacional para reivindicar também a actualização do PCFR e a entrega do retroactivo acumulado de 27 mil escudos de Janeiro a Setembro do corrente ano.
A Semana com Inforpress
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