O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, está a ponderar convidar o senador Marco Rubio para ser o novo chefe da diplomacia norte-americana, avançou o New York Times.
Ainda assim, citando três fontes próximas do republicano, que não identificou, o jornal disse na segunda-feira que Trump "ainda pode mudar de ideias à ultima hora".
Rubio, de 53 anos, um influente político de origem cubana e vice-presidente da Comissão de Inteligência do Senado (câmara alta do parlamento dos Estados Unidos), chegou a ser apontado como possível vice-presidente de Trump, escolha que acabou por cair em J.D. Vance.
O republicano de Miami tem mantido uma posição agressiva em matéria de política externa, assumindo linhas duras em relação à China e ao Irão em particular e manifestando uma posição a favor do fim da guerra entre a Rússia e a Ucrânia.
De acordo com a imprensa norte-americana, Trump convidou, também na segunda-feira, o congressista republicano Mike Waltz para o cargo de conselheiro de segurança nacional, um cargo-chave na tomada de decisões em conflitos como a guerra entre a Rússia e a Ucrânia.
O empresário e antigo membro das forças especiais dos Estados Unidos foi um dos representantes mais visíveis de Trump durante a campanha de 2024, liderando a coligação Veteranos por Trump.
Waltz foi membros das comissões dos Serviços Armados, Inteligência e Relações Exteriores da Câmara dos Representantes (câmara baixa do parlamento dos EUA) e tem experiência como consultor dos ex-secretários de Defesa Donald Rumsfeld e Robert Gates.
Horas antes, Trump tinha anunciado a nomeação de Lee Zeldin, um dos seus amigos mais próximos e antigo representante do estado de Nova Iorque, para dirigir a Agência de Proteção Ambiental.
“Vai garantir que são tomadas decisões de desregulação rápidas e justas que impulsionarão a força das empresas americanas, mantendo ao mesmo tempo os mais elevados padrões ambientais”, justificou.
Trump indicou igualmente que vai nomear o conselheiro de longa data Stephen Miller, figura da linha dura sobre imigração, para diretor-adjunto de política interna na futura administração.
O republicano tinha já anunciado que vai nomear como “czar das fronteiras” Tom Homan, antigo responsável pela imigração no primeiro mandato (2017-2021).
Além de supervisionar as fronteiras sul e norte e “a segurança marítima e aérea”, Trump disse que Homan “será responsável por todas as deportações de estrangeiros ilegais de volta para o país de origem”.
O presidente eleito, de 78 anos, prometeu lançar, no primeiro dia do segundo mandato, a maior operação de deportação de migrantes ilegais da história dos Estados Unidos.
Homan foi o segundo nome anunciado para a futura administração, depois de Susie Wiles, a arquiteta da campanha vitoriosa do republicano, para chefe do gabinete presidencial.
A Semana com Lusa
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