O suspeito do ataque ao ex-presidente Donald Trump no domingo, na Florida, não disparou contra o candidato republicano nem o tinha na linha de visão, disse na segunda-feira o diretor interino dos serviços secretos norte-americanos.
Ronald Rowe afirmou também que os agentes dos serviços secretos não inspecionaram todo o campo de golfe antes da visita de Trump porque não estava na agenda.
“O presidente não era suposto ir lá. Não estava na sua agenda oficial. Preparámos um plano de segurança e o plano de segurança funcionou”, referiu, citado pela agência espanhola Europa Press.
As autoridades tinham dito anteriormente que o telemóvel do suspeito, Ryan Wesley Routh, revelava que esteve no local durante 12 horas antes de ser detido.
Rowe disse que os serviços secretos estão constantemente a fazer avaliações com base nas ameaças.
“O que demonstrámos é que os nossos agentes e as nossas metodologias de proteção (...) estão a funcionar”, disse.
Rowe acrescentou que os serviços secretos vão analisar o que aconteceu “para ver que lições foram aprendidas”.
Routh, 58 anos, foi indiciado na segunda-feira por duas acusações federais de uso ilegal de armas de fogo.
A primeira audiência está marcada para 23 de setembro e a acusação para uma semana depois.
O incidente é o segundo que envolve Trump nos últimos meses, depois de ter sido ferido durante um comício de campanha na Pensilvânia, em julho. Nessa ocasião, o atirador foi morto a tiro pelas forças de segurança.
Trump, 78 anos, é o candidato republicano às eleições presidenciais de novembro, em que procura um segundo mandato na Casa Branca, depois de ter sido presidente entre 2017 e 2021.
Tem como adversária a democrata Kamala Harris, atual vice-presidente dos Estados Unidos.
A Semana com Lusa
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