Durante a sua apresentação pública, realizada na noite de sexta-feira para uma plateia de militantes e simpatizantes do partido, Maria Teresa enfatizou que a sua luta não é apenas pessoal ou de um grupo, mas sim de todos os cidadãos, independentemente da cor política. 

“Estamos aqui para defender o futuro da Ribeira Grande e representar cada cidadão que deseja ver a nossa terra prosperar. A mudança é urgente e será desta vez”, declarou.

A candidata à presidência da Câmara Municipal da Ribeira Grande delineou as prioridades que constam da sua plataforma eleitoral, que, segundo a mesma, começa pelo foco nas pessoas.

“Nós não precisamos governar durante 32 anos e depois aparecer com promessas. Vamos preocupar-nos com as pessoas desde o início”, ressaltou. 

Maria Teresa propôs iniciativas para melhorar a qualidade de vida, incluindo o acesso à habitação, saúde e educação, além de projectos direccionados para a terceira idade.

 Além disso, a mesma fonte explicou que almejam impulsionar o desenvolvimento económico e social do concelho, aproveitando as potencialidades na agricultura, pesca, turismo e cultura.

De entre as várias outras propostas, Maria Teresa anunciou a construção de um auditório cultural, bem como a requalificação de espaços desportivos.

“É hora da mudança. Precisamos de um projecto que priorize a vida dos ribeira-grandenses e melhore as infra-estruturas. Estamos prontos, a hora é agora. Mãos à obra, juntos pela mudança”, finalizou.

Por sua vez, José Manuel Monteiro, que encabeça a lista para a Assembleia Municipal, afirmou que é “absolutamente necessário” mudar o rumo e o destino de Ribeira Grande para que possa entrar na senda do desenvolvimento e assim acompanhar os demais municípios com índices mais elevados de qualidade de vida.

“Infelizmente, a ausência de alternância na governação do município ao longo desses 32 anos de municipalismo em Cabo Verde condicionou e atrasou o processo de desenvolvimento de Ribeira Grande. Em 32 anos, era para estarmos num outro patamar de desenvolvimento”, lamentou.

O candidato enfatizou que a mudança é “imprescindível” para garantir um futuro melhor para a população.

O acto de apresentação dos candidatos contou com a presença do presidente do PAICV, Rui Semedo, que, durante o seu discurso, considerou que as listas ora apresentadas são “excelentes”.

“São listas com pessoas competentes, de todas as áreas, de todas as sensibilidades e localidades. Estas listas são compostas por pessoas com conhecimento de valências diversificadas, mas, sobretudo, por pessoas comprometidas com a causa do desenvolvimento da ilha e com a causa do desenvolvimento do município”, disse. 

As oitavas e últimas eleições municipais em Cabo Verde foram realizadas a 20 de Outubro de 2020, em plena pandemia da Covid-19, para escolher os autarcas dos 22 concelhos do arquipélago.

O Movimento para a Democracia (MpD, no poder) ganhou 14 câmaras, enquanto o Partido Africano da Independência de Cabo Verde (oposição) conquistou oito.

A Semana com Inforpress