quinta-feira, 19 junho 2025

A ATUALIDADE

Moçambique/Eleições: MDM protesta na Beira contra resultados eleitorais

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Algumas centenas de elementos do Movimento Democrático de Moçambique (MDM, terceiro partido parlamentar) marcharam hoje, sem incidentes, na Beira, província de Sofala, centro do país, “justiça eleitoral”, aos quais se juntaram apoiantes do candidato presidencial Venâncio Mondlane.

Os manifestantes seguiram até ao centro da cidade da Beira, numa marcha pacífica cujo percurso foi concertado sem incidentes com a Polícia da República de Moçambique (PRM) e que decorreu normalmente, liderada pelo candidato do MDM a governador da província de Sofala, José Domingos, nas eleições gerais de 09 de outubro passado.

“Queremos Justiça eleitoral aqui em Moçambique para acabar com estas brincadeiras de uma vez por todas”, afirmou José Domingos, em declarações aos jornalistas.

“Não é segredo de que Venâncio Mondlane venceu as eleições. Entreguem a César o que é de César, a Deus o que é de Deus. Ponto final”, acrescentou.

A marcha desta manhã foi igualmente liderada por Albano Carige, autarca da Beira, a única liderada em todo o país pelo MDM.

“Queremos dizer que os 300 quilos de Venâncio Mondlane são verdadeiros, o MDM também tem essas atas e que não nos provoquem”, disse Carige, aludindo ao recurso que o partido Podemos, que apoia a candidatura presidencial de Venâncio Mondlane, entregou no passado domingo no Conselho Constitucional, com alegadas atas e editais originais da votação de 09 de outubro, contra os resultados anunciados pela Comissão Nacional de Eleições (CNE).

A Resistência Nacional Moçambicana (Renamo) anunciou para hoje, em Quelimane, província da Zambézia, no norte, uma marcha de “agradecimento” pelo voto da população, apesar do apuramento nacional da CNE apontar que a atual maior força da oposição perdeu esse estatuto, ao passar de 60 para 20 deputados à Assembleia da República, atrás do até agora extraparlamentar Podemos, com 31 deputados.

A CNE anunciou em 24 de outubro a vitória de Daniel Chapo, apoiado pela Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo), partido no poder desde 1975, na eleição a Presidente da República de 09 de outubro, com 70,67% dos votos.

Venâncio Mondlane, apoiado pelo Partido Optimista para o Desenvolvimento de Moçambique (Podemos, extraparlamentar), ficou em segundo lugar, com 20,32%, mas afirma não reconhecer estes resultados, que ainda têm de ser validados e proclamados pelo Conselho Constitucional.

A cidade de Maputo registou na sexta-feira, pelo segundo dia consecutivo, confrontos entre apoiantes do candidato presidencial Venâncio Mondlane, com a polícia a intervir, lançando gás lacrimogéneo para dispersar.

No centro da cidade de Maputo a grande parte do comércio mantém-se este sábado fechado, embora hoje com maior número de pessoas e transportes públicos a circular na capital moçambicana, face aos anteriores.

A polícia moçambicana enviou na madrugada de quinta-feira, primeiro dia dos sete de paralisação convocados por Mondlane, mensagens escritas para os telemóveis (SMS) pedindo à população que se abstenha de “práticas criminosas”.

Hoje, pelo terceiro dia consecutivo, o acesso a várias plataformas de redes sociais, através de Internet de operadores moveis, apresenta limitações, pelo menos em Maputo.

Mondlane apelou a uma greve geral e manifestações durante uma semana em Moçambique, a partir de 31 de outubro, e marchas em Maputo em 07 de novembro.

O candidato presidencial designou esta como a terceira etapa da contestação aos resultados das eleições gerais de 09 de outubro anunciados há uma semana pela CNE, que se segue aos protestos realizados nos passados dias 21, 24 e 25.

Os protestos degeneraram em confrontos com a polícia, de que resultaram pelo menos 10 mortos, dezenas de feridos e 500 detidos, segundo o Centro de Integridade Pública, uma organização não-governamental moçambicana que monitoriza os processos eleitorais.

A Semana com Lusa 

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Colunistas

Opiniões e Feedback

Terra
2 days 17 hours

Ninguem perguntava a um homem se ele tinha mérito de ser na uma linha partidário/ Hahaha tchakota boca calado tem resposta ...

Maika
3 days 12 hours

Não fosse o apoio do imperialismo americano desta vez seria varrido da face da terra os genocidas e criminosos sanguinários ...

Terra
6 days 3 hours

Nhos vota na MPD tamebe Naty fla ma ainda nos codja nada?

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