"Confirmo que Aminata Touré foi presa e levada pela polícia", disse o deputado Guy Marius Sagna, citado pela agência France-Presse.
Aminata Touré, primeira-ministra do Senegal (de setembro de 2013 a julho de 2014) nomeada pelo Presidente Macky Sall, de quem chegou a ser próxima mas que depois se juntou à oposição, participava hoje no protesto contra o adiamento das eleições, anunciado pelo chefe de Estado.
O Presidente Macky Sall, anunciou, no sábado, a revogação do decreto que convocava as eleições presidenciais para 25 de fevereiro.
Na sequência desta revogação, o processo eleitoral foi adiado por tempo indeterminado, face a uma polémica levantada em torno da lista final de candidatos.
Perante esta decisão, a oposição convocou protestos para hoje em Dacar, capital do país, e planeia manter a campanha eleitoral conforme projetado, ignorando a decisão de Macky Sall.
Durante a tarde houve alguns confrontos entre manifestantes e a polícia senegalesa, mobilizada para o local em grande número, que recorreu a gás lacrimogéneo para dispersar as centenas de pessoas que responderam ao apelo dos partidos da opisição, constatou um jornalista na France-Presse no local.
O Presidente senegalês, que não se candidata a um novo mandato, garantiu que vai iniciar um “diálogo nacional aberto”, de modo a reunir as condições para que as eleições decorram de forma livre, transparente e inclusiva.
A suspensão eleitoral é motivada por um “conflito aberto no contexto de um alegado caso de corrupção de juízes”, referiu Sall numa declaração televisiva.
O Presidente do Senegal anunciou ainda que a Assembleia Nacional avançou com uma investigação sobre o processo de seleção de candidatos.
A Semana com Lusa
05 Fevereiro 2024
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