"Num espírito de reconciliação nacional, vou apresentar esta quarta-feira à Assembleia Nacional e em Conselho de Ministros um projeto de lei de amnistia geral sobre os factos relacionados com as manifestações políticas ocorridas entre 2021 e 2024", disse Sall.
O Presidente senegalês discursava na abertura do diálogo nacional que começou esta segunda-feira no Centro Internacional de Conferências Abdou Diouf, na cidade de Diamniadio, a pouco mais de trinta quilómetros de Dacar.
Com este diálogo - boicotado pela maioria da oposição - o Presidente afirma querer pôr termo à profunda crise desencadeada no país na sequência do adiamento das eleições presidenciais inicialmente previstas para o passado domingo e fixar uma nova data para o ato eleitoral.
"O nosso país está perante uma encruzilhada importante (...) O meu desejo é que possamos avançar para eleições pacíficas, inclusivas e transparentes", afirmou perante dezenas de representantes de diferentes setores da sociedade.
"Só tenho um objetivo: chegar a um consenso sobre a data das próximas eleições presidenciais", acrescentou, reiterando que tenciona abandonar o poder quando o seu mandato terminar, em 02 de abril, como confirmou na semana passada numa entrevista televisiva.
O diálogo nacional foi, no entanto, boicotado pela grande maioria dos candidatos presidenciais cuja candidatura foi aprovada.
De facto, apenas dois deles aceitaram reunir-se hoje com Sall, antes do início do evento: Amadou Ba, atual primeiro-ministro e candidato da coligação no poder Benno Bokk Yaakaar (Unidos pela Esperança, na língua Wolof), e Mahammed Dionne, antigo primeiro-ministro também sob a presidência de Sall.
Na passada sexta-feira, a plataforma da oposição FC25, que agrupa 16 dos 19 candidatos, rejeitou o diálogo nacional, acusando o Presidente de violar a Constituição.
A Semana com Lusa
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