A nota da Comissão Europeia esclarece quem quiser. Informa sobre o acordo renegociado i) que este incide, de novo, sobre a captura do atum, ii) que a UE pagará 750 mil euros (82.568.986$76 CVE, ao câmbio de 18/10),e iii) que aumenta a captura de cinco para oito toneladas.
Vamos a contas: cinco toneladas a 550 mil euros (110 mil euros/t) versus oito toneladas a 750 mil euros (93,75 mil euros/t). As contas não enganam: Cabo Verde perde uns 15% em valor real (e nominal!) com este novo acordo. A referência é o acordo negociado para o ano 2015-2016.
Mas mesmo com o acordo negociado para o ano 2017-2018, o acordo 2019-20 continua a ser desvantajoso em 6,25% para Cabo Verde: cinco toneladas a 500 mil euros (100 mil euros/t) versus oito toneladas a 750 mil euros (93,75 mil euros/t).
S.Exa, o Primeiro-Ministro, José Ulisses Correia e Silva, discursou: “Cabo Verde tem uma relação de parceria estratégica com a União Europeia que está a ser reforçada”. O PM dixit do "win-win", das "vantagens financeiras", muito contente.
Por nós? Ou está contente por ter agradado aos nossos parceiros estratégicos? E nós cidadãos do país da morabeza estamos contentes e felizes por esse lado. Mas não pelo outro, o das contas nacionais que põem a economia a funcionar para tornar realidade a erradicação da pobreza – hoje (18) celebrada no mundo. No mesmo dia em que Cabo Verde celebra a Cultura – que também deve criar consciências para a luta contra a pobreza.
Fontes: Televisão nacional/site da UE.
Terms & Conditions
Report
My comments