Segundo Manuel Inocêncio Sousa, pelas informações que tem, boa parte conseguida através da imprensa, os empresários pretendiam trazer o navio para Cabo Verde no decurso deste mês de Julho. Agora, com o mês a caminhar rapidamente para o fim, falam em Agosto. “Não temos nenhum elemento sobre este processo, nem o Ministério nem o Instituto Marítimo e Portuário. Acho que foi apenas mais um ruído”, assevera, acrescentando que mesmo que o projecto destes empresários avance e consigam trazer o navio, este não tem nada a ver com os barcos rápidos que a Cabo Verde Fast Ferry pretende colocar, em breve, no país.
O IMP, através do seu presidente, Zeferino Fortes, confirma que pessoas têm procurado o instituto para solicitar informações sobre o que é preciso para pôr um navio a operar em Cabo Verde. Mas, de concreto, não há nada. “Recebemos aqui, há cerca de mês e meio, um empresário português que reside nos Estados Unidos. Ele solicitou informações, mas ainda não tivemos qualquer feedback. É preciso lembrar que é um processo que leva o seu tempo porque há certos procedimentos que precisam ser seguidos, entre os quais o registo, a inspecção. Por isso, não vejo como podem colocar o barco em linha em Agosto, como anunciado”.
Refira-se que, nos primeiros dias de Julho começaram a ser veiculadas notícias sobre esta iniciativa de um grupo empresários imigrantes nos Estados Unidos, que propunha iniciar em Agosto ligações marítimas entre Fogo, Brava e o resto do país. O barco anunciado, com capacidade para 580 passageiros e 600 toneladas de carga, estaria a ser comprado no Reino Unido.
O barco faria viagens regulares para todas as ilhas, mas fixava duas ligações por semana (quartas e sábados) entre as ilhas Brava e Fogo. Entretanto, nos últimos dias circulam um pouco por todo Cabo Verde informações de que o barco é “mais velho do que o Musterus, e que nos últimos tempos estava arredado do serviço de passageiros, só transportava animais.”
Sem se referir directamente a este grupo de empresários, o presidente da Bolsa de Valores de Cabo Verde, Veríssmo Pinto, deixou entender, numa entrevista concedida ao asemanaonline, que algumas pessoas têm estado a tentar boicotar o projecto da Cabo Verde Fast Ferry.
“Existem alguns pseudo-empresários, de patriotismo e honestidade questionáveis e habituados a negociatas, que estão a fazer uma intensa campanha contra a CVFF na expectativa que as coisas corram mal para poderem levar adiante um projecto com barcos de mais de trinta anos de idade”, desabafa Veríssimo Pinto concluindo que na sexta-feira, 24, estes terão uma dura desilusão porque a operação Fast Ferry já é um grande sucesso.
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