A ilha de São Vicente passa a partir de hoje a contar com a Polícia Municipal que deverá exercer as suas funções com “resiliência, força, determinação nos objectivos e na missão de equilíbrio e cooperação”.
O apelo foi feito pelo ministro da Administração Interna, Paulo Rocha, ao presidir hoje à inauguração da sede da corporação, na Rua Renato Cardoso, espaço que neste momento albergará 15 agentes.
O governante começou por enaltecer a parceria entre a Câmara Municipal de São Vicente, Universidade Lusófona de Cabo Verde e Polícia Nacional, que permitiu a formação da Polícia Municipal, primeira do País.
“Foi com grande satisfação que abrimos o curso. Saudei na altura os formandos e desejei sinceramente que tivessem os melhores resultados, que alcançassem o desejado sucesso”, sustentou o ministro.
Agora, ajuntou, inicia-se uma “caminhada de futuro”, que deverá ser feita com “resiliência, força, determinação nos objectivos e na missão de equilíbrio e cooperação”, uma vez que dada às funções de “polícia administrativa”, encontra-se muito próxima dos cidadãos.
“A implementação da Polícia Municipal era um compromisso de há muito, que precisava ser assumido de forma objectiva e empenhada”, afiançou Paulo Rocha, para quem este é “um bom exemplo” que São Vicente está a dar hoje, no dia em que a cidade faz exactamente 145 anos.
Até porque, segundo a mesma fonte, a missão desta polícia está “orientada para o reforço da cidadania, para a redução das incivilidades”.
O presidente da Câmara Municipal de São Vicente, Augusto Neves, por seu lado, avançou que a “luta” para concretizar o projecto da Polícia Municipal vem desde 2008, mas hoje torna-se realidade numa “data simbólica”, Dia da Cidade do Mindelo, agora tornado feriado municipal.
A ideia de ocupar o espaço, situado na Rua Renato Cardoso, conforme a mesma fonte, foi ideia de um funcionário da câmara e agora acolhe esta instituição que é “um presente” oferecido à cidade.
“Obviamente que a nossa polícia municipal terá muitos desafios na sua fase inicial, o grupo ainda é reduzido, só 15, e terão muito trabalho nessa ilha”, considerou Augusto Neves,
Como representante dos agentes, Daniel Teotónio prometeu estarem presentes para colaborarem com a Polícia Judiciária, Polícia Nacional, e Inspecção Geral das Actividades Económicas (IGAE) dentro dos limites e competências estipuladas pela lei para garantir “ambiente saudável, tranquilo e de segurança para a população”.
“Em nome do grupo gostaria de dizer à população, que irá ser bem servida, com uma polícia e bem de perto das comunidades que compõe a nossa maravilhosa ilha”, asseverou.
Entre as áreas que deverão intervir, Daniel Teotónio apontou o sector comercial formal e informal, assentos informais, trânsito rodoviário, sector do ambiente, espaços balneares, controlo de ruídos e poluição sonora, segurança nas escolas, entre outras.
Durante o acto foram entregues duas viaturas novas para auxiliar no serviço da corporação municipal.
Os próximos municípios a efectivarem a Polícia Nacional serão Cidade da Praia, Assomada e São Miguel, todos em Santiago, anunciou Paulo Rocha.
A Semana com Inforpress
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