Voluntários da Cruz Vermelha da cidade da Praia, São Domingos, Santa Catarina e São Lourenço dos Órgãos estão reunidos num intercâmbio de dois dias, a decorrer em João Teves.

Em declarações à imprensa, o presidente da Cruz Vermelha de Cabo Verde, Arlindo Carvalho, explicou que este evento tem como objectivo discutir problemas que afectam as suas comunidades e criar sinergias para enfrentar desafios como a dengue e as alterações climáticas.

O evento, que decorre nos dias 14 e 15 de Setembro, visa ainda desenvolver um plano de formação para capacitar os voluntários em áreas cruciais, como suporte básico de vida, transporte de doentes, Direitos Humanos, e o Movimento Internacional da Cruz Vermelha.

De acordo com este dirigente, o foco principal é preparar os voluntários para dar respostas eficazes às necessidades das suas comunidades, incluindo a sensibilização sobre a dengue, que tem sido uma preocupação crescente.

“A Cruz Vermelha entende que é essencial capacitar os seus voluntários para poderem responder de forma estruturada aos desafios que afectam as pessoas nas suas comunidades,” sublinhou.

Arlindo Carvalho reforçou que neste contexto, o encontro pretende também abordar os impactos das alterações climáticas e fornecer ferramentas para que os participantes partilhem conhecimentos e preparem as comunidades para enfrentar os efeitos dessas mudanças.

No que toca à dengue, ressaltou que a Cruz Vermelha está a colaborar com as autoridades locais para mitigar a propagação da doença.

Por seu turno, o presidente do conselho local da Praia, Celestino Afonso, destacou que a questão da dengue será amplamente discutida durante o intercâmbio, e reforçou a importância de consolidar estratégias de combate à doença.

Já Carla Fernandes, presidente do conselho local de São Lourenço dos Órgãos, anfitrião do evento, referiu que, além do tema da dengue, o intercâmbio também abordará a questão da depressão, um tema que vai ser alvo de uma conversa aberta, pois é uma questão que afecta particularmente os jovens.

Igualmente, enfatizou a necessidade de recrutar novos voluntários, uma vez que a emigração tem reduzido o número de membros activos.

O presidente da Cruz Vermelha reiterou o seu compromisso em apoiar as autoridades e preparar as comunidades para as diversas situações de emergência, avançando que já accionaram o DREF – Fundo de Emergência de Resposta às Catástrofes – um mecanismo de resposta que é activado quando necessário e que neste momento estão a trabalhar com a Federação Internacional das Sociedades da Cruz Vermelha.

A Semana com Inforpress