O comando regional da Polícia Nacional apresentou esta quarta-feira, na ilha do Sal, o plano "Verão Seguro 2025", que visa garantir a segurança dos residentes e visitantes nas ilhas do Sal e São Nicolau durante a alta temporada.
O plano, que teve início a 15 de Julho e se estende até 30 de Setembro, promete uma actuação policial mais robusta em diversas frentes.
Apresentado pelo comandante regional, Gilson Tavares, o "Verão Seguro 2025" abrangerá áreas como a ordem pública, trânsito, fiscalização marítima, fiscalização de estrangeiros e fiscalização aduaneira.
A Polícia Nacional, conforme a mesma fonte, intensificará o controlo em zonas urbanas com maior incidência criminal, além de monitorizar grupos de crianças e jovens em situação de risco ou de rua.
O assédio a banhistas por parte de vendedores ambulantes e de excursões, bem como a oferta de produtos ilícitos, serão alvos de atenção prioritária.
"O plano irá focar também no controlo de grupos de crianças e jovens em situações de risco, jovens na rua e de rua, o controlo de assédio aos banhistas, tanto da parte de vendedores ambulantes como de vendedores de excursões e ofertas de produtos ilícitos", detalhou o comandante.
Uma das prioridades do plano é o combate a infracções relacionadas com ciclomotores e motocicletas, como manobras perigosas e a poluição sonora causada por escapamentos alterados.
A fiscalização de estabelecimentos comerciais também será reforçada, com especial atenção ao controlo da poluição sonora e ao licenciamento, para prevenir que operem fora do horário permitido ou com níveis de som excessivos.
No que diz respeito ao consumo de álcool, Gilson Tavares adiantou que a Polícia Nacional aplicará rigorosamente a Lei 51/2019, que regula a disponibilidade, venda e consumo de bebidas alcoólicas em locais públicos, abertos ao público, locais de trabalho e serviços.
A condução sob o efeito do álcool será igualmente “fiscalizada com rigor”.
A segurança rodoviária constitui outro pilar do "Verão Seguro 2025". Com o aumento do tráfego durante as férias, serão realizadas operações stop e fiscalizações pontuais para prevenir e combater infrações que possam colocar em risco a vida de condutores e passageiros.
“O objectivo é garantir a segurança nas estradas e a correta utilização das vias, sensibilizando os condutores para uma prática de condução responsável e atenta”, frisou o comandante.
Gilson Tavares acrescentou que, com a ilha do Sal a ser um dos destinos mais procurados por turistas e pela diáspora neste período, a fiscalização e o controlo de estrangeiros serão intensificados.
A Polícia Nacional pretende garantir o cumprimento da lei de imigração e a segurança do país, verificando a regularidade da permanência de estrangeiros e prevenindo a entrada ilegal e actividades ilícitas relacionadas com a imigração e o turismo.
O comandante apelou à população para que, em caso de emergência ou ocorrência, não hesite em acionar a Polícia Nacional através do número 132.
“Este número está disponível para qualquer situação que exija a intervenção das autoridades, incluindo acidentes e crimes”, concluiu.
A Semana com Inforpress
Plano de Verão, Polícia de Inverno: Quando o Crime Anda à Frente da Autoridade
E lá vêm eles outra vez com os planos públicos de “segurança”, com nomes sonantes como “Verão Seguro 2025”, cheios de intenções bonitas e promessas de rigor... mas na prática a realidade é outra: a Polícia está completamente à deriva. Nem sabe onde estão os bandidos, nem o que andam a fazer. Anda sempre dois passos atrás, a correr atrás do prejuízo.Segurança não se resolve com planos sazonais para a imprensa. Resolve-se com inteligência no terreno, vigilância activa e uma polícia que pense como o criminoso para o antecipar. Porque no mundo real, o bandido não marca hora nem estação – ele actua no Carnaval, na Quaresma, no Natal e no mês do turista.
E não é com “operações stop” a quem vai levar os filhos à praia ou com fiscalização de colunas de som dos bares que se combate a criminalidade a sério. A malta que anda armada, a assaltar, a traficar ou a recrutar jovens para esquemas – esses continuam à solta, a rir-se desses planos de fachada.
Querem resultados? A polícia tem de estar um passo à frente do crime, não a reagir depois do estrago feito. Tem de ter investigação criminal real, rede de informadores, análise de padrões e zonas de risco. E, acima de tudo, liderança com coragem, não apenas discursos para jornalistas.
Se não, isto vai ser só mais um "plano" para arquivo morto, enquanto os verdadeiros problemas continuam a apodrecer debaixo do nariz da autoridade.
E depois admiram-se que o cidadão, quando vê algo suspeito, nem sequer liga o 132, porque já sabe que vai cair num buraco sem fundo.
É triste, mas é assim.
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