O Parque Tecnológico de Cabo Verde (TechParkCV) está dotado de uma sala dedicada ao conforto e bem-estar das mães durante o período de aleitamento, cuja inauguração aconteceu esta sexta-feira, no âmbito da celebração de “Março, mês da mulher”. 

A cerimónia de inauguração da sala de lactação foi presidida pelo presidente do conselho da administração do TechParkCV, Carlos Monteiro, promotor da iniciativa, testemunhada pela presidente do Instituto Cabo-verdiano para a Igualdade e Equidade de Género (ICIEG), Marisa Carvalho, e pela representante da Women in Tech, Mayra Silva.

Trata-se de um espaço pequeno, dentro da empresa, equipado com o necessário, onde as mães colaboradoras poderão ter conforto, privacidade e segurança, no período de aleitamento materno, para esvaziar as mamas ou amamentar o bebé.

Em declarações à imprensa, Carlos Monteiro disse que este gesto, um repto lançado pela administradora do Núcleo Operacional da Sociedade de Informação (NOSI), Mayra Silva, representa o compromisso do TechParkCV com a equidade de género e a criação de infra-estruturas inclusivas no ecossistema tecnológico do país.

“Então, abraçamos a ideia, criando este espaço aqui no Tech Park para apoiar na amamentação, permitindo às mães melhores condições de trabalho e tranquilidade durante o período de aleitamento, quiçá mais produtividade e felicidade nas empresas”, comentou aquele responsável, avançando que a próxima fase do projecto inclui, também, um jardim infantil para servir não só os funcionários do Tech Park, mas toda a comunidade dos bairros envolventes.

Por seu lado, a representante da Women in Tech, Mayra Silva, de quem partiu a ideia, disse ter gostado do espaço que visa trazer mais qualidade de vida às mães que trabalham no parque tecnológico, em Achada Grande.

“Sou mãe recente, então, senti na pele o que é esse desafio de amamentação, poder conciliar a vida pessoal e profissional, as exigências que essa fase impõe… daí que não podia ficar indiferente. Sinto-me muito satisfeita por termos esse espaço, que traz conforto às mães no processo de extração de leite e amamentação. Faz toda a diferença”, manifestou, esperando que seja um exemplo a seguir por outras empresas e instituições.

Para a presidente do ICIEG, a iniciativa reveste-se de “extrema importância”, sublinhando que é prova de que havendo “boa vontade e empenho” é possível fazer as coisas acontecer.

“E é assim que se faz. Criar condições para que esta conciliação seja uma realidade, naquilo que tem sido uma das limitações das mulheres permanecerem, principalmente no mercado de trabalho. Este é um sinal que queremos que seja reproduzido em várias empresas a nível nacional”, concretizou.  

Silésia Zego, funcionária de uma das empresas no Tech Park que vai estrear o espaço, considerou a iniciativa louvável, que deve ser valorizada, porque a primeira preocupação de uma mãe, no processo de aleitamento, é como e onde vai conseguir extrair o leite enquanto está no trabalho.

“Significa imenso. Estou muito contente, até mesmo emocionada, porque é uma mais-valia para todas as mães, ficamos mais tranquilas, com esse espaço que vai nos oferecer maior conforto e segurança nesta fase de aleitamento materno”, enfatizou, parabenizando a iniciativa.

A Semana com Inforpress