Cabo Verde foi escolhido para acolher a segunda sessão extraordinária do parlamento da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) que deve acontecer em Setembro, foi hoje anunciado.

A informação foi avançada em nota de imprensa, pelo Parlamento da CEDEAO, no âmbito da sua primeira sessão extraordinária deste ano, que termina hoje em Lagos, Nigéria.

A proposta, segundo a mesma fonte, consta do Plano de Actividades para 2025, que foi aprovada por aclamação dos deputados e anunciada pela presidente do Parlamento da CEDEAO, a togolesa Dadja Memounatou Ibrahim.

A nota avança que uma importante delegação do parlamento da sub-região, liderada pelo deputado e chefe da delegação de Cabo Verde, Orlando Dias, estará brevemente a efectuar visita ao arquipélago.

“O objectivo é iniciar conversações com as autoridades cabo-verdianas, especialmente com o presidente da Assembleia Nacional, Austelino Correia, para entre outros propósitos, definir a melhor data e toda a logística necessária para a realização deste grande evento no país”, explica.

Para o chefe da delegação cabo-verdiana, Orlando Dias, esta escolha demonstra o “respeito e a confiança” que o arquipélago conquistou entre os países da comunidade.

Ainda, sublinhou que este reconhecimento é “especialmente significativo” devido ao percurso e ao nível de desenvolvimento alcançado por Cabo Verde, que se “destaca como um modelo de democracia e boa governação em África, particularmente na sub-região da CEDEAO”.

Em finais de Dezembro passado, Cabo Verde transferiu o montante de 50.000 contos, o equivalente a cerca de dois anos da estimativa de contribuição nacional calculada com base na taxa média per capita, da taxa comunitária à CEDEAO.

A informação foi, na altura, avançada pelo ministro dos Negócios Estrangeiros, Cooperação e Integração Regional, José Filomeno Monteiro, durante o debate parlamentar sobre as Relações Externas de Cabo Verde.

Para o chefe da diplomacia cabo-verdiana, este gesto de Cabo Verde em honrar os seus compromissos junto da CEDEAO representa um sinal claro do cumprimento das obrigações do país assumidas com a comunidade, ao abrigo do Tratado de Cotonou de 1993, que fixa o pagamento da taxa comunitária para os países membros.

A Semana com Inforpress