A nutricionista do Ministério da Saúde, Helena Sapinho, chamou esta terça-feira atenção para os perigos que os alimentos vendidos nos “bares” das escolas públicas causam para o surgimento de cancro.

Em declarações à imprensa, à margem de uma actividade de sensibilização sobre o consumo de alimentos saudáveis para a prevenção do cancro, realizada na Escola Pedro Gomes, no âmbito do Dia Mundial da Luta contra o Cancro, Helena Sapinho, mostrou-se preocupada com a quantidade de alimentos não saudáveis que são vendidos à porta das escolas e que contribuem para o surgimento de doenças, nomeadamente o cancro.

Disse que ao serem consumidos todos os dias e em grandes quantidades os riscos são ainda maiores.

“Se os alunos estão a consumir esse tipo de alimentos todos os dias, têm mais probabilidade de ter cancro. Falamos de alimentos como batata frita, carne de porco, bifana, alimentos doces industrializados, enlatados, são riscos que vão se acumulando no organismo para, posteriormente, gerar doenças”, alertou a nutricionista.

Conforme está profissional da saúde, ao consumir este tipo de alimentos a pessoa corre o risco de ter cancro de estômago, intestino delgado e grosso e prejudica o fígado.

Helena Sapinho recomendou, neste caso, o consumo de alimentos que contêm fibra, nomeadamente, frutas, legumes, verduras, cereais e feijões.

Na sequência, avançou que o consumo da água é um dos recursos naturais que deve ser consumida regularmente, visto que ajuda, em todos os tipos de cancro, mas que, infelizmente, as pessoas “esquecem-se”.

Disse que há cada vez mais o consumo de alimentos não saudáveis, porque os cabo-verdianos têm optado em cozinhar menos ou optam por confeccionar pratos rápidos, com menos preparo, causando risco para a saúde.

A Semana com Inforpress