A nova direção Sindicato de Indústria, Transportes, Telecomunicações, Hotelaria e Turismo (Sitthur) prometeu hoje reerguer o sindicato e defender os trabalhadores, de forma a colmatar “a falta de acção” da direção anterior.

O sindicalista António Carvalho, que falava aos jornalistas na cidade da Praia, no âmbito da 8.ª conferência ordinária do sindicato, sob o lema “Em defesa dos direitos dos trabalhadores”, expressou “grande preocupação” sobre a actual situação do sindicato, que atravessa dificuldades internas e enfrenta um cenário de ausência nas empresas e nas lutas pelos direitos dos trabalhadores.

António Carvalho revelou que a secretária-geral da UNTC-CS, Joaquina Almeida, será eleita como presidente e Walter Carvalho como secretário-executivo durante a conferência ordinária do Sitthur.

“Com a nova direção, vamos resolver os problemas internos e enfrentar os desafios externos com mais vigor”, garantiu Carvalho.

Segundo a mesma fonte, a antiga direcção, desde 2021, tem mostrado falta de acção, o que tem gerado uma sensação de inoperância entre os associados.

Questionado sobre os associados que têm estado a pagar as suas cotas, mas que não têm recebido respostas adequadas às suas preocupações, o sindicalista respondeu que não é legítimo, pois os associados pagam cotas e querem ser representados condignamente.

“O que está a acontecer é que a última direção que existe, que está neste momento em funcionamento, tem estado praticamente inoperante. Por isso, é preciso uma nova direção do sindicato, precisamente para reerguer o setor que todos nós conhecemos”, disse.

Carvalho sublinhou que muitos trabalhadores têm visto os seus direitos violados, com casos de despedimentos arbitrários e outras violações nas empresas. O que o sindicato precisa é reagir rapidamente a esses problemas, sintetizou.

A crítica ao atual quadro de gestão também foi estendida à postura das empresas, que, segundo Carvalho, não estão a reconhecer a importância do Sitthur como sindicato de representação dos trabalhadores. 

Contudo, destacou que a verdadeira questão reside na ausência de acção visível do sindicato nos últimos tempos.

Por fim, o sindicalista apelou aos membros para que não abandonem o sindicato, apesar das dificuldades enfrentadas, e pediu paciência, afirmando que a nova direcção trabalhará para restabelecer a presença ativa do Sitthur, defendendo os interesses dos trabalhadores.

A Semana com Inforpress