Segundo Murteira Nabo, a direcção do Conselho Empresarial decidiu propor ao conselho de ministros dos Negócios Estrangeiros da CPLP, que se reúne na Praia nos dias 19 e 20 de Julho, a criação de uma confederação empresarial da CPLP. A confederação, adiantou, será uma organização mais profissional e ambiciosa, e, caso seja aprovada, deverá ser constituída até meados de 2010, altura em que termina a presidência portuguesa da CPLP e tem início a presidência angolana.
"Isto dá a possibilidade da CPLP aparecer a nível internacional como um bloco económico, que se posiciona e tem inclusive funções de representação ao nível dos vários organismos internacionais", frisou Nabo, presidente da ELO- Associação Portuguesa para o Desenvolvimento e Cooperação e membro da direcção do CE da CPLP.
"Isto é a afirmação de um espaço económico, com uma estrutura confederativa a nível empresarial que se assume e que pode representar a CPLP a nível mundial", acrescentou ainda o empresário, considerando que a confederação poderá mesmo vir a funcionar como "um embrião do que poderia ser o conselho económico da CPLP".
Contudo, reconheceu, para a confederação se tornar uma realidade é necessário apoio político. "Precisamos que os Governos percebam a importância que tem esta nova estrutura confederativa muito mais profissional e precisamos que, além do apoio político, nos dêem um apoio instrumental, porque isto é uma parceria público-privada. Sem o apoio político os empresários não conseguem organizar-se, não conseguem ter uma acção muito mais concertada", reconheceu.
Questionado sobre a receptividade do presidente da República portuguesa à criação da nova confederação, Murteira Nabo revelou que Cavaco Silva ficou de desenvolver contactos, lembrando que o chefe de Estado é um entusiasta e um apaixonado pelo espaço da CPLP.
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