O governador do Banco de Portugal apontou o ex-presidente do Banco Insular como um dos “grandes responsáveis pelo que aconteceu no BPN”.
Vítor Constâncio foi ouvido na segunda-feira, 15 de Junho, pela terceira vez na comissão do parlamento português que está a investigar o caso do Banco Português de Negócios.
Durante a audiência, o governador do Banco de Portugal (BdP) confirmou que considera o antigo presidente do Banco Insular (BI), Vaz Mascarenhas, como “um dos principais responsáveis” pela ilegalidades cometidas.
“Há uma dúzia de grandes responsáveis pelo que aconteceu no BPN e eu espero que todos sejam exemplarmente punidos”, acrescentou Vítor Constâncio.
Segundo o BdP, o BI, entretanto já liquidado em Cabo Verde, foi utilizado pelo BPN para esconder prejuízos de quase 500 milhões de euros.
BI tinha conta em banco português desde 98
Constâncio garantiu ainda que só em 2007 recebeu informações sobre as ligações entre o BPN e o Banco Insular. Isto apesar de um documento do Montepio Geral confirmar que o BI tinha uma conta à ordem numa sua filial de Lisboa desde 1998. O banco português, em resposta a João Semedo, deputado do Bloco de Esquerda, acrescentou ainda que “o último movimento de montante superior a 100 mil euros registado naquela conta ocorreu em 12 de Novembro de 2007”.
Em 2004 e no início de 2007, o governador do BdP recebeu cartas da Procuradoria-Geral da Republica a pedir informações sobre o BI. Mas “não mencionavam qualquer relacionamento [do BI] com o BPN. Se nos tivessem informado mais sobre o que aparentemente sabiam teria sido diferente”, lamentou Constâncio.
O dirigente afirma que tentou reuniu-se com Souto Moura, devido “às notícias”, sobre “contra-ordenações detectadas na Operação Furacão”, pedido que “foi rejeitado” pelo anterior Procurador-geral da República.
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