Alunos de várias escolas da cidade da Praia, que se estimam em mais de 300, saíram hoje às ruas em manifestação exigindo a publicação das notas e a revisão dos seus direitos.
Pelas principais avenidas da capital, os manifestantes, empunhando cartazes e através de palavras de ordem de protesto, pediram que os seus direitos sejam revistos.
Em declarações à Inforpress, a aluna e porta-voz dos alunos da Escola Pedro Gomes, Laide da Veiga, disse que o motivo da manifestação pacífica se prende com o congelamento das notas e afirmou que não podem “aceitar” que os alunos fiquem prejudicados por causa do Ministério da Educação, que “não quer aumentar o salário” dos professores.
“Queremos que o Ministério da Educação aumente o salário dos professores para estes possam desbloquear as notas, estamos a ser prejudicados, principalmente nós que já estamos no 12º ano de escolaridade”, precisou a aluna.
Uma outra aluna, Maila Soares, porta-voz dos alunos do Liceu Domingos Ramos, assegurou, por seu lado, que a manifestação foi realizada pensando também nos direitos dos professores.
“Queremos apontar falhas no ensino, visto que os professores têm estado a trabalhar em situações precárias, acabam por disponibilizar os seus próprios recursos financeiros para a compra de livros, fixas, provas e o uso de internet, condições que deveriam ser disponibilizadas pelo Governo”, mencionou a aluna, que se disse “indignada” com tal situação.
Os alunos dizem entender o lado dos professores para o congelamento das notas, um problema, segundo apontam, em que todos saem prejudicados.
Por outro lado, a Inforpress contactou algumas direções de escolas que confirmaram que nem todas as notas foram lançadas, como é o caso das escolas da Achada Grande, “Pedro Gomes”, “Cesaltina Ramos” e “Regina da Silva”.
Contudo, alunos dessas escolas estiveram representados na manifestação realizada na manhã de hoje, por iniciativa dos próprios estudantes.
Em outras escolas sabe-se que todas as notas já foram publicadas, como é o caso da Escola Cónego Jacinto.
Os professores filiados no Sindicato Democrático de Professores (Sindprof) encontram-se ainda em greve por tempo indeterminado e optaram, como forma de luta, pelo congelamento das notas.
A Semana com Inforpress
04 de abril 2024
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