Tuesday, 08 July 2025

A ATUALIDADE

Fogo: Flutuações na produção do café é sinal de que se deve arrepiar caminhos e lançar novo olhar sobre cafeicultura – edil mosteirense

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As flutuações registadas ano após ano na produção do café constitui um sinal claro de que se deve arrepiar caminhos e lançar novo olhar sobre a cafeicultura nos Mosteiros, defendeu sexta-feira o presidente da câmara, Fábio Vieira.

O edil mosteirense lançou este alerta na cerimónia de abertura da décima edição do festival do café do Fogo “Fogo Coffee Fest”, que decorre de 22 a 24 de Março na cidade de Igreja, Mosteiros.

Não podemos adiar mais este trabalho”, disse Fábio Vieira, apelando a todos os proprietários, agricultores, cafeicultores, empresários ligados ao agronegócio do café, autoridades nacionais e municipais e os amantes do café para partilhar uma agenda comum de promoção, divulgação, valorização e preservação do café do Fogo garantindo deste modo a sua sustentabilidade e perpetuação.

“Estamos a mobilizar parcerias para a realização de um projecto estratégico e estruturante para Mosteiros e que, certamente, vai impactar positivamente na cultura do café que é o desencravamento das zonas altas que consiste na construção de estradas de acesso às propriedades agrícolas”, afirmou.

Segundo o autarca, é um projecto que terá enormes valências do ponto de vista agrícola, mas também a nível do turismo, e vai valorizar toda a biodiversidade vegetal das zonas altas, combater a pobreza no meio rural e permitir, em matéria de cultura do café, alargar as zonas de cultivo e aumentar a capacidade produtiva.

O edil salientou que o município está a fazer a sua parte e espera contar com engajamento de todos, nomeadamente do Governo, proprietários, cafeicultores e os empresários.

O presidente da câmara reiterou o interesse, empenho e determinação do município para a construção de uma plataforma de entendimento que dá corpo a uma agenda comum de trabalho para a divulgação da memória histórica, socioeconómica e cultural da cafeicultura no mundo e no município dos Mosteiros em particular.

“A governação, segundo o mesmo, não é um processo linear e nada é obra divina ou fruto do acaso”, advogou Fábio Vieira, sublinhando que os ganhos de governação são frutos do contexto e dos incentivos disponíveis, mas são reflexos da visão, ambição e capacidade de mobilização de parcerias e de recursos financeiros para o financiamento do progresso social, económico e cultural.

No dizer de Fábio Vieira, a agenda de transformação dos Mosteiros assente numa visão estratégica e de longo prazo que ambiciona colocar Mosteiros entre os municípios mais desenvolvidos de Cabo Verde tem colocado “enormes” desafios quer no desenho e grandeza das políticas públicas quer na mobilização de recursos financeiros para a sua concretização.

“Temos estado a inaugurar um novo paradigma em matéria de cooperação descentralizada estribado na partilha de conhecimento, experiências e boas práticas no qual podemos destacar duas parcerias no âmbito do café, nomeadamente com a universidade norte-americana de Bridgwater e com o Museu do Café de São Paulo, Brasil”, disse.

Fábio Vieira destacou ainda que a participação do Museu do Café de São Paulo no evento tem um “enorme significado político” porque simboliza um passo importante na construção de uma futura parceria “forte e estratégica” entre este museu e o museu de café dos Mosteiros e por reflectir a ambição da edilidade na internacionalização do Fogo Coffee Fest, transformando-o num evento turístico e cultural de alto valor acrescentado.

O festival deve ser um espaço de reflexão profunda sobre o café do Fogo e os grandes desafios da modernização da agricultura e do fomento da cultura do café no município dos Mosteiros.

A directora executiva do Museu do Café de São Paulo, Brasil, Alessandra Almeida, mostrou-se satisfeita com a participação neste evento e agradeceu a oportunidade de poder trazer o seu museu até os Mosteiros e expor o trabalho e a perspectiva de poder estabelecer uma parceria para ter projectos compartilhados.

“O projecto do museu de Café dos Mosteiros é um grande desafio, mas está em boas mãos”, disse Alessandra Almeida, sublinhando que há um bom planeamento e Mosteiros sabe o que quer e, de certeza, vai ser um processo com êxito a médio e longo prazos.

A responsável parabenizou a organização do evento porque, justificou, trouxe duas coisas importantes no acto de abertura, sendo uma ligada a demonstração de todas as etapas da cadeia de produção do café, “um produto que demanda muito esforços”, e, em segundo lugar, o facto da demonstração de todas as etapas terem sido representadas por mulheres.

Em nome dos produtores de café, Rosério Rodrigues, depois de fazer um historial da introdução e do cultivo do café, lamentou o facto de este ano a produção ter baixado bastante, apontando que a produção de 2024 ronda à volta dos cinco por cento da produção habitual e não se pode confiar no café.

O primeiro dia do festival foi aproveitado para a entrega do prémio municipal do artesanato cujo vencedor foi Adailson Barbosa que apresentou a peça “miniatura de barco pirata”.

Igualmente realizou-se a prova de atletismo nas categorias de sub-11 e sub-14 masculino e feminino.

Na modalidade de sub-11 masculino, que contou com 12 atletas, Edson Mendes foi o vencedor com o tempo de um minuto e 58 segundos (01’58’’), seguido de Fábio Afonso com 02’03’’ e Djestiny Rodrigues de Pina com 02’05’’.

Em feminino sub-11 participaram sete atletas e Janira Rodrigues classificou-se em primeiro com 02’07’’, seguido de Larissa Andrade e Fabiana Gonçalves com 02’15’’ e 02’16’’, respectivamente.

Já na modalidade de sub-14 masculino que contou com 16 atletas, os três primeiros classificados foram Vadilson Veiga (01’41’’), Keven Miranda (01’49’’) e Felício Pires (01’52’’) e em sub-14 feminino que contou com dez atletas os três primeiros classificados foram Manuza Gonçalves (02’ 03’’), Suely Barros (02’ 06’’) e Eliane Andrade (02’ 12’’).

A Semana com Inforpress

24 de março 2024

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