Monday, 07 July 2025

A ATUALIDADE

Impacto das ondas de calor na saúde também depende dos salários ou áreas verdes

Star InactiveStar InactiveStar InactiveStar InactiveStar Inactive
 

O impacto na saúde e na mortalidade associado às ondas de calor vai além das altas temperaturas e é influenciado por outros factores como socioeconómicos, vulnerabilidade social, habitação ou áreas verdes, aponta uma investigação em Espanha.

Esta tese foi confirmada por investigadores da Unidade de Alterações Climáticas, Saúde e Ambiente Urbano da Escola Nacional de Saúde do Instituto de Saúde Carlos III (ISCIII), num trabalho que demonstra o que afecta a relevância de avaliar diferentes elementos na gestão das ondas de calor do ponto de vista da saúde.

Os autores explicaram que, enquanto a definição meteorológica de onda de calor se baseia em dados sobre a temperatura, duração e intensidade, a definição relativa à saúde e à mortalidade associada é mais ampla.

Além de incluir as temperaturas registadas e a sua intensidade, inclui também outras questões como as características demográficas da população, o nível de salário, os aspectos socioeconómicos, a vulnerabilidade social, a qualidade da habitação, a infra-estrutura urbana e a existência ou não de áreas verdes, entre outros.

A heterogeneidade dos percentis das temperaturas das ondas de calor na saúde e a sua diferente evolução temporal dependem em grande parte do impacto que os factores locais têm na mortalidade associada.

De acordo com o estudo, a temperatura a partir da qual se define uma onda de calor do ponto de vista sanitário não deve basear-se apenas num percentil fixo para todos os locais de uma área geográfica, mas deve incorporar todos estes factores.

Os resultados apontam que, mais de metade das vezes – 52,6% dos casos – permanecem abaixo do percentil 95, o que corresponde à definição de onda de calor do ponto de vista meteorológico.

“A utilização deste percentil significaria não activar o Plano de Prevenção de Ondas de Calor quando necessário em mais de metade das zonas bioclimáticas de Espanha, com o consequente impacto na mortalidade que poderia ser evitado com a activação do referido plano”, defendem os investigadores.

Pelo contrário, para as regiões com percentis superiores a 95, “activar Planos de Prevenção neste percentil implicaria ativá-los quando não é necessário”.

Os cientistas sugerem assim a utilização de escalas inferiores às provinciais na avaliação da activação de planos de prevenção devido às altas temperaturas, o que poderá ajudar a reduzir a mortalidade atribuível às ondas de calor e adaptar o número de alertas de acordo com a exposição real da população.

O estudo propõe até cinco zonas geográficas por província, às quais associa limiares máximos de temperatura que marcariam a consideração de uma onda de calor com impacto na saúde.

 

A Semana com Lusa

 

28 de fevereiro 2024

2500 Characters left


Colunistas

Opiniões e Feedback

Dipak
4 days

Tratando-se de justiça não vale a pena gastar dinheiro dos contribuintes portugueses. O dinheiro deles tem cruz. Tribunais ...

Sandra
4 days 7 hours

Sucessos Waldir, sempre tu praticaste o que mais gostas, basktebol e foste sempre um grande atleta. Parabéns 🎊🎉🍾 e ...

ChatPTG
4 days 18 hours

Direito não existe em Cabo Verde. Está morto. Fecham as portas desses pseudo-tribunais e atiram as chaves ao mar. Ou entreg ...

Pub-reportagem

publireport

Rua Vila do Maio, Palmarejo Praia
Email: asemana.cv@gmail.com
asemanacv.comercial@gmail.com
Telefones: +238 3533944 / 9727634/ 993 28 23
Contacte - nos