A presidente do Instituto do Património Cultural (IPC) disse esta segunda-feira que as obras de musealização do Complexo da Misericórdia, na Ribeira Grande de Santiago, já tiveram início, com a previsão de estarem concluídas no primeiro trimestre de 2026. 

“Neste momento estão a começar os trabalhos em frente à Catedral, porque o projecto em si integra a conexão deste monumento histórico às ruínas do Complexo da Misericórdia, localizadas na zona baixa”, explicou Ana Samira Baessa, em declarações à imprensa, à margem da abertura do curso de Arqueologia Subaquática, na cidade da Praia.

O contrato para a empreitada foi assinado há cerca de duas semanas, e a empresa responsável já se encontra no local a realizar trabalhos de mobilização, contratação e limpeza.

Segundo a presidente do IPC, a obra tem uma duração prevista de 10 meses e está a ser acompanhada de perto pelo instituto, devido à "elevada sensibilidade arqueológica" da área.

Ana Baessa destacou que o projecto inicial sofreu pequenas alterações para integrar os achados arqueológicos identificados na zona da Misericórdia.

“Esperamos que o mais tardar, no primeiro trimestre do próximo ano, possamos integrar e entregar um dos importantes projectos da requalificação urbana e ambiental à comunidade da Cidade Velha e a todos aqueles que demandam um sítio histórico”, anunciou.

O orçamento do projecto, que resulta de uma parceria com o Banco Mundial e o Governo de Cabo Verde, através do Plano Operacional do Turismo (POT), ultrapassa os 300 mil contos, sendo que a intervenção específica no Complexo da Misericórdia está orçada entre 50 e 60 mil contos.

A Semana com Inforpress