terça-feira, 11 fevereiro 2025

A ATUALIDADE

Moçambique/Ataques: Unicef “seriamente preocupado” com aumento de raptos de crianças por rebeldes

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O Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) manifestou-se “seriamente preocupado” com o aumento de raptos de crianças por grupos rebeldes em Cabo Delgado, alertando que as vítimas são obrigadas a desempenhar funções de combate.

“O Unicef está seriamente preocupado com o recente aumento de casos de raptos de crianças por grupos armados não estatais na província de Cabo Delgado”, refere a agência da ONU em nota oficial.

O último caso em que crianças foram raptadas por rebeldes em Cabo Delgado ocorreu em 23 de janeiro, quando um grupo rebelde atacou a aldeia de Mumu, em Mocímboa, a mais de 30 quilómetros da sede distrital.

Segundo o Unicef, as crianças que são raptadas por rebeldes têm sido obrigadas a desempenhar “funções de combate”, uma “violação grave dos direitos dos menores”.

“O Unicef apela à libertação imediata e entrega às autoridades civis das crianças raptadas, e à cessação imediata de raptos, recrutamento e uso de crianças, que constituem graves violações dos direitos da criança”, lê-se ainda no documento da Unicef, que acrescenta que, em resposta ao aumento de casos, a agência está a “reforçar atividades de proteção das crianças em zonas afetadas”.

No ataque de 23 de janeiro, além do rapto de sete crianças, uma pessoa foi morta pelos rebeldes, disseram à Lusa, na altura, fontes locais.

"Estavam num grupo maior, começaram a disparar e mataram um nosso irmão e levaram outras pessoas, na sua maioria crianças", disse uma fonte local.

Após o ataque, a comunidade de Mumu informou a Força Local que começou a patrulhar a zona para tentar conter as investidas dos rebeldes.

Mocímboa da Praia foi onde grupos armados protagonizaram o seu primeiro ataque em outubro de 2017. Por muito tempo, o local foi descrito como a “base” dos rebeldes.

Após meses nas mãos de rebeldes, Mocímboa da Praia foi saqueada e quase todas as infraestruturas públicas e privadas foram destruídas, bem como os sistemas de energia, água, comunicações e hospitais.

Após os primeiros sinais de estabilização da segurança, nos últimos anos, foi também um dos pontos prioritários para recuperação de infraestruturas.

Na altura, as autoridades estimaram que cerca de 62 mil pessoas abandonaram a vila costeira devido ao conflito, com destaque para as fugas em massa que ocorreram após a intensificação das ações rebeldes, em junho de 2020.

Mocímboa da Praia está situada 70 quilómetros a sul da área de construção do projeto de exploração de gás natural, em Afungi, Palma, liderado pela TotalEnergies.

Desde outubro de 2017, a província de Cabo Delgado, rica em gás, enfrenta uma rebelião armada com ataques reclamados por movimentos associados ao grupo extremista Estado Islâmico.

O último grande ataque deu-se em 10 e 11 de maio de 2024, à sede distrital de Macomia, com cerca de uma centena de insurgentes a saquearem a vila, provocando vários mortos e fortes combates com as Forças de Defesa e Segurança de Moçambique e militares ruandeses, que apoiam Moçambique no combate aos rebeldes.

A Semana com Lusa

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Colunistas

Opiniões e Feedback

Elisa Bettencourt
11 days 11 hours

uma jovem que não tinha necessidade de frete politico, mas pronto é essa a geração que só sabe andar de boleia de camelo

Lucas Rincon
13 days 7 hours

Há muito tempo que os técnicos recomendaram "vestir" esses troços perigosos com redes metálicas.

Dje d Soncent
25 days 3 hours

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