Wednesday, 03 July 2024

E ECONOMIA

Crescimento económico africano desacelerou em 2023 afetado pela guerra - BAD

Star InactiveStar InactiveStar InactiveStar InactiveStar Inactive
 

 O crescimento médio real do Produto Interno Bruto (PIB) de África desacelerou para 3,1% em 2023 face aos impactos da subida dos preços após a invasão da Ucrânia pela Rússia, segundo o Banco Africano de Desenvolvimento (BAD).

 

Apesar “dos contínuos ventos contrários”, o relatório refere que 15 países africanos “registaram uma taxa de crescimento de pelo menos 5% em 2023”, e mais de metade (31) dos países africanos registaram taxas de crescimento real do PIB mais elevadas em 2023 do que em 2022.

Segundo o relatório, “apesar dos desafios globais que testaram as economias em todo o mundo”, o continente africano deverá “permanecer resiliente”, prevendo que o crescimento real do PIB aumente para 3,7% em 2024 e 4,3% em 2025, “ultrapassando os 4,1% em 2022”.

 

 

De acordo com o documento, apresentado hoje em Nairobi, durante os encontros anuais do BAD, a maior instituição financeira de desenvolvimento de África, o declínio no PIB real, face ao crescimento de 4,1% em 2022, “é atribuído a uma variedade de fatores, incluindo preços persistentemente elevados dos alimentos e da energia devido aos impactos sustentados da invasão russa da Ucrânia”.

Apesar de apresentar “perspetivas económicas positivas” para o continente, o relatório alerta para “cautela” neste otimismo, “dado o considerável nível de incerteza e tensões geopolíticas”.

As “pressões inflacionistas persistentes” em muitos países africanos “poderão exercer ainda mais pressão sobre economias africanas, reduzindo ainda mais o valor real dos salários, mantendo as taxas de juro altas”, com “implicações para o setor privado” face aos “custos de financiamento interno mais elevados”.

Também o “impasse prolongado” no comércio global e no investimento, bem como “efeitos concomitantes alimentados por crescentes tensões geopolíticas e polarização” global podem prejudicar o crescimento de África, em que uma escalada dessas tensões ameaça colocar “em perigo” a recuperação económica do continente.

Igualmente os “preços mais elevados das matérias-primas” ameaçam “desencadear uma nova onda de inflação, reverter o declínio da pobreza e atrasar o processo de flexibilização da política monetária para estimular o crescimento no continente”.

O documento acrescenta que “a fraca procura global prejudica o desempenho das exportações”, mas também os efeitos das alterações climáticas e eventos climáticos extremos “na produtividade agrícola e na geração de energia”, e a “instabilidade política e conflitos em alguns países africanos” contribuíram para o desempenho de 2023.

Apesar “dos contínuos ventos contrários”, o relatório refere que 15 países africanos “registaram uma taxa de crescimento de pelo menos 5% em 2023”, e mais de metade (31) dos países africanos registaram taxas de crescimento real do PIB mais elevadas em 2023 do que em 2022.

Segundo o relatório, “apesar dos desafios globais que testaram as economias em todo o mundo”, o continente africano deverá “permanecer resiliente”, prevendo que o crescimento real do PIB aumente para 3,7% em 2024 e 4,3% em 2025, “ultrapassando os 4,1% em 2022”.

O crescimento médio de África em 2024 será liderado pela África oriental, com um aumento de 3,4 pontos percentuais) e pela África austral e África ocidental (cada uma com um aumento de 0,6 pontos percentuais).

Entre os países africanos, o relatório prevê que 40 países vão registar este ano um crescimento económico em relação a 2023, incluindo 17 países a crescerem mais de 5%, número que “poderá subir para 24 no ano seguinte, à medida que o ritmo de crescimento acelera”.

“Isto é notável e África manterá a sua classificação de 2023 como a segunda mais rápida região em crescimento depois da Ásia”, aponta o relatório.

Também refere que a dívida pública do continente está a diminuir, “mas ainda acima dos níveis pré pandemia, realçando a gravidade da o peso da dívida no continente”.

Assim, o rácio médio da dívida pública de África, que aumentou de 54,5% do PIB em 2019 para 64% em 2020, estabilizou em 63,5% entre 2021 e 2023, com o relatório do BAD a prever que “diminua ainda mais para cerca de 60% a partir de 2024” e “interrompendo uma tendência ascendente que dura há uma década”.

“Embora os níveis da dívida tenham estabilizado em todo o continente, com melhorias relativas nas posições orçamentais, a proporção permanece alta e acima da pré pandemia níveis em muitos países onde as finanças públicas têm sido voláteis devido à situação sem precedentes de choques”, lê-se.

A Semana com Lusa

120 Characters left


Colunistas

Opiniões e Feedback

Daniela Santana
4 days 17 hours

Devemos todos fazer uma subscrição a favor do Leão Vulcão. Todos, todos, todos.

Americo costa feritas
4 days 21 hours

Esta noticia peca em todos os aspetos; presença dum governante, melhor vodka do mundo, produção de vodka num pais tropic

Antonio
15 days 18 hours

Paz à sua alma.

Pub-reportagem

publireport

Rua Vila do Maio, Palmarejo Praia
Email: asemana.cv@gmail.com
asemanacv.comercial@gmail.com
Telefones: +238 3533944 / 9727634/ 993 28 23
Contacte - nos

Outras Referências