Monday, 28 April 2025

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Cidades onde vive um terço da população urbana da China em risco de colapso

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Metade das principais cidades chinesas sofrem subsidência moderada a grave, afetando quase um terço da população urbana do país, um fenómeno associado a causas humanas como a extração de águas subterrâneas ou o peso dos edifícios.

Este problema foi analisado por um grupo de investigadores chineses liderados pela Universidade de Pequim, que realizaram uma avaliação sistemática da subsidência de terras em 82 grandes cidades entre 2015 e 2022, e publicaram os seus resultados na revista Science.

Nas últimas décadas, aquele país viveu uma das expansões urbanas mais rápidas e extensas da história da humanidade, mas “pode estar ameaçado pela subsidência de terras”, frisou a equipa de investigação, citada esta quinta-feira pela agência Efe.

Dos terrenos urbanos investigados, 45% estão a afundar-se mais de 3 milímetros por ano e 16% mais de 10 milímetros, afetando 29% e 7% da população urbana, respetivamente.

Os pontos mais afetados são Pequim e Tianjin, onde a subsidência é de dez milímetros por ano ou mais, destaca o artigo publicado pela Science, juntamente com o estudo e assinado por especialistas do Virginia Polytechnic Institute (EUA) e da Universidade de East Anglia (Reino Unido).

Cidades costeiras como Tianjin são especialmente atingidas, uma vez que a subsidência de terras reforça as alterações climáticas e a subida do nível do mar. Xangai, a maior cidade da China, afundou até três metros no último século e continua a afundar-se até hoje.

A investigação também olha para o futuro e alerta que até 2120, entre 22 e 26% das terras costeiras (9 a 11% da população costeira) terão uma elevação relativa inferior ao nível do mar, devido ao efeito combinado do afundamento de cidades e elevação do nível do mar.

“Os nossos resultados destacam a necessidade de melhorar as medidas de proteção para mitigar os danos potenciais causados pela subsidência”, sublinhou o grupo de investigadores, liderado por Jingyun Fang, da Universidade de Pequim.

Se a subsidência for combinada com a subida do nível do mar, “a área urbana da China abaixo do nível do mar poderá triplicar até 2120, afetando entre 55 e 128 milhões de residentes. Isto poderia ser catastrófico sem uma forte resposta social”, observa a Universidade de East Anglia, referindo-se ao seu artigo explicativo.

A subsidência de terrenos representa um risco maior para estradas, pistas, fundações de edifícios, linhas ferroviárias e oleodutos, entre outras infraestruturas.

Os resultados do estudo sugerem que este processo de subsidência está associado a uma série de fatores antrópicos. O principal será a extração de água subterrânea, que baixa o lençol freático, juntamente com a geologia e o peso das construções.

As medições foram feitas com um radar interferométrico de abertura sintética (InSAR) no satélite Sentinel-1, que usa pulsos de radar de alta precisão para medir a mudança na distância entre o satélite e a superfície do solo e pode detetar mudanças relativamente pequenas. Além disso, foram utilizados dados de GPS.

A S emana com Lusa

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