O ministro do Turismo e Transportes, José Luís Sá Nogueira, anunciou esta quinta-feira, no Parlamento, que os navios Kriola e Praia d´Aguada entram brevemente em operação para ultrapassar as actuais deficiências no transporte.

“Relativamente ao Maio, efectivamente, como se sabe, estamos com um plano de contingência relativamente à operação de transporte marítimo interilhas, por razões óbvias que têm a ver, portanto, com o incidente daquelas duas embarcações, Liberdadi e Kriola, que estão neste momento na doca, e Kriola brevemente vai entrar em operação”, comunicou.

Já a embarcação Liberdadi, segundo o governante, teve problemas mais estruturais e, por isso, levará mais tempo a regressar à operação.

Quanto ao Praia d’Aguada, está actualmente a realizar testes na água e deverá entrar brevemente em funcionamento, assegurando as ligações no Sul, nomeadamente Maio e Fogo.

“Vamos mais longe, que é reforçar Praia d´Aguada com uma grua apropriada, por forma a não ficar dependente da grua da Enapor”, declarou José Luís Sá Nogueira.

O ministro anunciou, igualmente, que o avião ATR encontra-se neste momento pronto em Toulouse, onde está a ser pintado, e deverá chegar a Cabo Verde o mais brevemente possível.

“Estamos num processo de certificação desse ATR, que não é fácil, pois envolve todo um procedimento rigoroso, mas brevemente teremos a aeronave pronta para ser operada, de forma transitória, pela TACV”, ressaltou.

Ainda no sector aéreo, a tutela dos Transportes revelou sinais de recuperação após a pandemia e realçou a importância da TACV para o País.

Para o governante, a TACV é uma companhia estratégica por várias razões. A primeira, segundo explicou, prende-se com o papel da companhia na regulação dos preços no mercado.

Recordou que, todas as vezes que a TACV esteve ausente, verificou-se especulação de preços por parte de um dos concorrentes. Sempre que a transportadora enfrenta dificuldades, como acontece actualmente, os preços tendem a disparar, acrescentou.

A segunda razão apontada por José Luís Sá Nogueira está relacionada com a importância da companhia para a diáspora cabo-verdiana.

A terceira razão tem a ver com a ambição nacional de criar um hub aéreo. O ministro lembrou que Cabo Verde é um país turístico, com uma localização estratégica que deve ser aproveitada.

O governante afirmou ainda que há planos para expandir as ligações internacionais da companhia aérea nacional.

“Nesse momento TACV já liga a diáspora através de Portugal, mas também através de França. Mas a intenção é alargar, inclusive, tendo em conta a tão falada ligação para Boston, mas também a ligação para o Brasil”, onde a comunidade tem vindo a reclamar este retorno.

A Semana com Inforpress