Uma comissão internacional de inquérito das Nações Unidas afirmou hoje que os ataques israelitas contra escolas e locais religiosos e culturais em Gaza constituem crimes de guerra e crime contra a humanidade de “extermínio”.
“A destruição generalizada de infraestruturas em Gaza, o desmantelamento do seu sistema educativo e os ataques a locais culturais e religiosos [...] não afetam apenas os palestinianos no presente, mas comprometem também o futuro do povo palestiniano, incluindo o seu direito à autodeterminação", conclui a comissão num relatório.
Num comunicado que acompanha o documento, a comissão acusa Israel de ter “aniquilado o sistema educativo de Gaza e destruído mais de metade dos locais religiosos e culturais da Faixa de Gaza, no quadro de uma ofensiva generalizada e incessante contra o povo palestiniano, durante a qual as forças israelitas cometeram crimes de guerra e o crime contra a humanidade de extermínio”.
“Temos cada vez mais indícios de que Israel está a levar a cabo uma campanha concertada para aniquilar a vida dos palestinianos em Gaza", afirma a presidente da comissão, a sul-africana Navi Pillay, no comunicado.
“O facto de Israel visar a vida educativa, cultural e religiosa do povo palestiniano prejudicará as gerações atuais e futuras, ao comprometer o seu direito à autodeterminação”, acrescenta a antiga presidente do Tribunal Penal Internacional para o Ruanda, juíza no Tribunal Penal Internacional (TPI) e Alta-Comissária das Nações Unidas para os Direitos Humanos.
A Comissão de Inquérito Internacional Independente, composta por três membros, foi criada pelo Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas, em maio de 2021, para investigar violações do direito internacional em Israel e nos territórios palestinianos ocupados.
A Semana com Lusa
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