O PAICV confrontou hoje Primeiro  Ministro, Ulisses Correia e Silva, no debate sobre as políticas públicas  com aquilo que considera ser  «as fantasmas das suas políticas públicas».O Presidente do partido fundamentou que num país de limitados recursos, como Cabo Verde, caberá principalmente ao Governo um papel fundamental para garantir o melhor aproveitamento de todas as potencialidades do país.

Facto décimo, prometeu mais diálogo social e os resultados são um governo de costas voltadas para os professores, em conflito com os profissionais de saúde, em desentendimento com os polícias, em crise com os trabalhadores das transportadoras, em desentendimento, quase generalizado, com os trabalhadores, não se importando com estabilidade do país e muito menos com a situação real dos trabalhadores e das suas famílias.

Conforme salientou Rui Semedo, se as políticas públicas forem ajustadas os resultados serão positivos, mas se forem desajustadas, os resultados serão maus e muitas vezes catastróficos.

12 Factos sobre a má governação do país 

O parlamentar apontou 12 fatos sobre realidade económica e social do país que ilustram a má governaçao do MpD na presente conjuntura:

• - Facto primeiro, o primeiro-ministro prometeu criar muito emprego, 45 mil postos de trabalho, emprego decente e bem remunerado e o resultado da sua política é a destruição de cerca de 20 mil empregos, mergulhando as pessoas no desespero;
• -Facto segundo, prometeu aos jovens oportunidades, formação de qualidade, nas melhores universidade do mundo, com ocupação e rendimento digno e o resultado é emigração em massa por falta de oportunidades, por desocupação e até por desespero;
• - Facto terceiro, prometeu melhorar a qualidade de vida das pessoas e hoje a triste realidade, que é seu resultado, é a degradação do poder de compra das pessoas e das famílias, que hoje têm mais dificuldades em tudo, e sentem, na pele, a dureza de uma vida que está muito longe do seu sonho e das suas espectativas;
• - Facto quarto, prometeu reformas no setor dos transportes e os resultados são um sistema de transporte irregular, imprevisível, ineficiente, bloqueadora das iniciativas e castradora de oportunidades de negócios, para além de configurar a violação grosseira do direito de circulação de pessoas e bens;
• - Facto quinto, prometeu mais segurança e os resultados das suas políticas são mais assaltos, mais agressão, mais roubos, mais furtos, mais homicídios, mais assassinatos, mais desaparecimentos de pessoas, mais medo e, como confirmam os dados do próprio INE, que é do Estado, menos confiança na capacidade do Governo de resolver os problemas;
• - Facto sexto, prometeu mais conforto para as pessoas e os resultados são mais dificuldades no acesso à água, menos energia de qualidade, com crises de cortes de energia, que já faziam parte do passado, com menos alimento, menos poder de compra de gás e mais recurso à lenha, para cozer os alimentos;
• - Facto sétimo, prometeu mais transparência nos negócios públicos e os resultados é a sonegação de informações, a ausência de concursos públicos e a transformação do ajuste direto em regra, com derrapagens incontroladas e com o negócio boca a boca como aconteceu com grandes negócios do passado. Afinal quem fez fará;
• - Facto oitavo, prometeu defender os interesses públicos e afinal os resultados são negócios e vendas de patrimónios sem que o Estado receba um centavo como aconteceu com a venda dos TACV e os avales que o Estado terá que pagar para além de outras responsabilidades;
• - Facto nono, prometeu a igualdade no tratamento das pessoas e os resultados são a discriminação, a perseguição dos que destoam do pensamento único do Governo, o medo e o favorecimento dos amigos e familiares e, por outro lado, um aumento preocupante das desigualdades que, se não forem superadas, podem passar a ser uma ameaça para a estabilidade e para a coesão social nestas ilhas;
• - Facto décimo, prometeu mais diálogo social e os resultados são um governo de costas voltadas para os professores, em conflito com os profissionais de saúde, em desentendimento com os polícias, em crise com os trabalhadores das transportadoras, em desentendimento, quase generalizado, com os trabalhadores, não se importando com estabilidade do país e muito menos com a situação real dos trabalhadores e das suas famílias;
• - Facto décimo primeiro, prometeu uma agricultura moderna e desenvolvida e os resultados são a redução dos investimentos neste setor e o abandono dos agricultores à sua sorte durante este oito duros e penosos anos para o mundo rural;
• - Facto décimo segundo, as pessoas hoje são mais pobres, têm menos rendimento, têm menos poder de compra e tem menos confiança nas instituições.

Queda nos indicadoresdo país 

Para o mesmo  à luz dos dados estatísticos, a  situação hoje é pior de que em 2016. Segundo ele, mesmo os dados das Nações Unidas sobre o índice do desenvolvimento humano indicam que estamos a piorar tanto em termos de pontuação absoluta como na relação comparativa com os outros países.

O Lider domaior partido de oposiçãõ democratica pontou que a pontuação do país é pior que em 2015/2016 e a nossa posição no ranking (131) é a pior de todos os tempos, desde o ano 2000.

“Eu sei que vão reagir dizendo que o país está a crescer muito, mas tem que nos ajudar a compreender para onde está a levar os resultados do crescimento que a população não está nem a ver, nem a sentir”, concluiu Rui Semedo durante o debate paralmentar com o Primeir-minisitro sobre  as polticas públicas do atual governo para Cabo Verde.