O candidato à Câmara Municipal de São Vicente indicado pelo PAICV, António Duarte,  indicou o resgate das geminações internacionais da autarquia como principal bandeira da sua governação, caso vença as eleições de 2024. Patcha, como é também conhecido, é arquitecto de profissão e líder do grupo de Carnaval de Monte Sossego, o tricampião do certame nos últimos anos.  Duarte aununcia que pretende ser uma alternativa credí´vel e clara à Câmara local e protoganizar assim uma mudança profunda em prol do desenvolvimento e   da modernização  da ilha de Monte Cara.

“Temos essa noção clara, presente, o tempo todo, de que nós temos uma fragilidade social no País, mas especificamente em São Vicente. Nós estamos a conversar com as pessoas e perceber exatamente aquilo que vai na alma de cada um, e em função disso decidir delicadamente, porque é uma questão muito sensível”, afiançou.

Patcha assumiu o posicionamento nesta quinta-feira, no Mindelo, ao reunir-se com os jornalistas para apresentação da sua candidatura sob proposta do Partido Africano da Independência de Cabo Verde (PAICV).

Segundo o mesmo citado pela Inforpress, a sua plataforma eleitoral comporta questões transversais relacionadas com São Vicente, mas gostaria de, “muito rapidamente”, encetar uma diplomacia externa para “resgatar as geminações”.

“Porque entendemos que sem as parcerias essenciais para essa ilha, dificilmente São Vicente sairá do sufoco que neste preciso momento se encontra”, justificou, uma candidatura que deverá ainda incidir sobre a organização municipal, “neste momento incontornável”.

“A organização administrativa municipal terá que ser uma questão muito cuidada”, sustentou Patcha, que, devido à sua formação como arquitecto, asseverou que o uso e parcelamento do solo é um dos assuntos a ser resolvido “com urgência”.

Daí, a crítica pela inexistência de um Plano Director Municipal em São Vicente, um “instrumento fundamental” para uma política “séria e com visão para o futuro da ilha”.

Patcha, cuja notoriedade também foi construída por ser o presidente do grupo carnavalesco Monte Sossego, promete dar uma atenção especial ao sector cultural, desde o Carnaval, mas também aos vários eventos da ilha para que estes sejam “cada vez mais valorizados”.

Questionado sobre como as dificuldades sociais do concelho vão ser ponderadas no seu projecto eleitoral, Patcha assumiu que neste momento dedica-se a ouvir os munícipes e seus anseios.

“Temos essa noção clara, presente, o tempo todo, de que nós temos uma fragilidade social no País, mas especificamente em São Vicente. Nós estamos a conversar com as pessoas e perceber exatamente aquilo que vai na alma de cada um, e em função disso decidir delicadamente, porque é uma questão muito sensível”, afiançou.

Para concretizar estes objectivos, o candidato disse que está a preparar a sua lista com “várias personalidades” também comprometidas com a causa de São Vicente, que vão ser posteriormente apresentadas.

De nome completo António Augusto Sequeira Duarte, nasceu em Março de 1973, em Portugal, onde os pais já falecidos, Augusto Duarte ex-quadro da Cabnave e a conhecida artista plástica Bela Duarte, faziam os seus estudos universitários.

A partir de 1974 passou a viver em São Vicente, ilha onde disse ter moldado a sua personalidade e que fez crescer o seu “patriotismo e militância regional”, espelhados nas várias organizações a que pertenceu, entre estas, a Organização dos Pioneiros Abel Djassy (OPAD-CV), a Juventude Africana Amílcar Cabral (JAAC), Juventude do PAICV (JPAI) e, na sequência, militante do PAICV.

E são essas e outras razões, que, segundo o presidente da Comissão Política Regional de São Vicente, Adilson Graça, levaram à escolha de Patcha, candidato que preencheu “desde a primeira hora, todos os requisitos traçados”.

A Semana com Inforpress