“Vamos debater, procurar influenciar”, disse o chefe de Estado, instando as autoridades nacionais e locais a “aproveitar este manancial de ideias” para “enriquecer” o processo de formulação de políticas públicas” sobre a gestão dos oceanos.

“Não vamos tomar nenhuma decisão”, o objetivo é sensibilizar, disse José Maria Neves, em conferência de imprensa, na cidade da Praia, para anunciar o evento, que vai decorrer sob o lema “Oceanos sustentáveis. Sociedades Resilientes: educando para o futuro”.

O Presidente cabo-verdiano, patrono da década dos oceanos e ‘champion’, titulo atribuído pela União Africana (UA), para a preservação do património natural e cultural de África, disse que quer “aumentar a literacia oceânica” e promover recursos relacionados com o mar.

A conferência internacional vai contar com especialistas como a diretora-geral da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (Unesco, na sigla em inglês), Audrey Azoulay, com uma comunicação por plataformas digitais.

Vão estar em discussão temas como a educação sobre os oceanos sustentáveis, desafios de sustentabilidade e desenvolvimento económico baseado no mar.

Haverá ainda exposições, uma feira de gastronomia e uma campanha de limpeza na zona piscatória de Palmeira, povoação portuária da ilha do Sal, no Dia Mundial do Oceano, a 08 de junho.

A quase totalidade do território (99%) de Cabo Verde é composta por mar, dada a dispersão e dimensão proporcionalmente reduzida das 10 ilhas do arquipélago.

Na conferência de imprensa, José Maria Neves referiu que os cabo-verdianos estão cada vez mais a “voltar-se para o mar”.

O chefe de Estado deu como exemplo o desenvolvimento dos desportos náuticos e aquáticos, discussões e debates à volta das pescas, atividades de investigação e a dinamização da Estratégia de Desenvolvimento da Economia Azul, levada a cabo pelo Governo.

A primeira conferência de Cabo Verde no âmbito da Década dos Oceanos da ONU foi realizada em São Vicente (2022) e a segunda na cidade da Praia (2023).

A Semana com Lusa