Friday, 05 July 2024

E ECONOMIA

Há menos cabo-verdianos preocupados com corrupção, mas ainda são a maioria - INE  

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O número de cabo-verdianos preocupados com a corrupção diminuiu, mas ainda representa a maioria da população (65,4%), de acordo com dados divulgados  esta quarta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) do arquipélago.

Os dados constam do terceiro inquérito sobre Governança, Paz e Segurança, referente a 2023, e contrastam com a reputação do país a nível internacional, sobretudo no contexto africano, em que lhe são reconhecidos dos mais baixos índices de corrupção.

A nível interno, a maioria (65,4%) da população com mais de 18 anos sente que a corrupção no arquipélago “é preocupante ou muito preocupante”, uma “diminuição na ordem dos 9,8 pontos percentuais em relação a 2016 e de 12,9 pontos percentuais em relação a 2013”, anos dos inquéritos anteriores, lê-se no boletim do INE.

De acordo com a opinião da população, os serviços de educação são os que têm menor nível de envolvimento na corrupção, seguindo-se a segurança social e de saúde.

Já as autoridades fiscais e aduaneiras, a polícia, os funcionários municipais e os representantes do Governo estão na lista daqueles que a população acredita estarem mais envolvidos em atos corruptos.

Por outro lado, quando se pergunta sobre a corrupção ativa, 1,3% dos inquiridos responderam que já se sentiram obrigados “a oferecer dinheiro, um presente ou favor a um funcionário público em troca de um benefício, nos últimos 12 meses”. 

“Este número mantém-se praticamente igual ao registado em 2016, que foi de 1,2%. Porém, constata-se que diminuiu, ligeiramente, face a 2013, onde os resultados apontavam para uma incidência de 1,5%”, lê-se no boletim.

Dos entrevistados que assumiram praticar tal ato, um terço revelou que "o pedido foi feito de forma direta pelo próprio oficial público”, acrescenta-se.

Apesar de a polícia estar na lista das entidades que a população acredita estarem mais envolvidos em corrupção, cerca de metade da população maior de idade (50,6%) afirma que, de forma geral, as forças de segurança são eficazes ou muito eficazes na resolução de problemas.

“De forma geral, 80,4% dos respondentes declaram que se sentem seguros ou muito seguros”, lê-se no documento.

O inquérito termina com uma questão sobre quatro níveis de felicidade: “Questionados se, em geral, se sentem infelizes, pouco felizes, felizes ou muito felizes, 78,7% da população respondeu que se sente feliz e 9% muito feliz”.

O trabalho baseou-se numa amostra de 4.962 agregados familiares, sendo que em cada agregado foi inquirido apenas um indivíduo com pelo menos 18 anos, cobrindo os 22 concelhos de Cabo Verde, entre outubro e dezembro de 2023.

O inquérito faz parte de uma estratégia de harmonização de estatísticas em África sobre governação, paz e segurança numa iniciativa conjunta da União Africana (UA), Banco Africano de Desenvolvimento (BAD) e Comissão Económica das Nações Unidas para África (UNECA, sigla inglesa).

Pretende-se ainda monitorizar o cumprimento das aspirações da agenda 2063 da UA e dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) das Nações Unidas.

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Colunistas

Opiniões e Feedback

Daniela Santana
7 days

Devemos todos fazer uma subscrição a favor do Leão Vulcão. Todos, todos, todos.

Americo costa feritas
7 days 4 hours

Esta noticia peca em todos os aspetos; presença dum governante, melhor vodka do mundo, produção de vodka num pais tropic

Antonio
18 days 1 hour

Paz à sua alma.

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