Wednesday, 26 June 2024

E ECONOMIA

Parlamento/Debate: PAICV defende que não há nada de novo em Governo querer criar uma empresa nova independente dos TACV para resolver problemas dos transportes aéreos inter-ilhas

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O PAICV defendeu hoje durante   durante o debate parlamentar  sobre os Transportes  que não há nada de novo  em  o Governo  querer resolver o problema dos transportes aéreos inter-ilhas em Cabo Verde, com a criação de uma empresa  nova, independente dos TACV, de capitais públicos 100% cabo-verdianos, pois era recomendada por estudos que o Governo do MpD encontrou em 2016 quando chegou ao poder.  

 

“O Governo não explica o que vai o Governo fazer de concreto, e em que prazos; não mostra quaisquer estudos e ou evidências existentes ou em curso em matéria de rotas, frequências, horários, natureza da frota de aeronaves, custos dos bilhetes de passagem; não sabemos se existe ou não um business plan. Desconhecemos qual o cenário em matéria de sustentabilidade da empresa ``, apontou Démis Lobo Almeida. 

 

A sessão contou com a presença de um grupo representativo dos 78 trabalhadores de Bestfly/TICV, que diz estarem abandonados e sem receber salários. Querem ver os seus direitos respeitados, perante a   indefinição da empresa e do governo  em realação a situação díficil em que se encontram neste momento.    

Conforme o vice-presidente do Grupo Parlamentar do PAICV Démis Lobo Almeida, o ministro do Turismo e Transportes, Carlos Santos, afirmou que a nova empresa estatal para ligações domésticas estará operacional até ao verão, e o primeiro-ministro declarou que até o final do presente ano civil o setor dos transportes aéreos estará estabilizado.

 Mas ressaltou que , para além destas declarações redondas, não existe nada de palpável.

O Governo não explica o que vai o Governo fazer de concreto, e em que prazos; não mostra quaisquer estudos e ou evidências existentes ou em curso em matéria de rotas, frequências, horários, natureza da frota de aeronaves, custos dos bilhetes de passagem; não sabemos se existe ou não um business plan. Desconhecemos qual o cenário em matéria de sustentabilidade da empresa ``, apontou.

O paramentar do maior partido da opsição crescentou ainda que não se sabe o que está a ser feito para que a empresa tenha um certificado de operador aéreo (COA) e uma licença de Explorador Aéreo.

“Mas mais: considerando ser o Governo, em representação do Estado, acionista da TICV/Bestfly e sua co-gestora, por via de um administrador que nomeou, deve o ser Ministro dos Transportes o futuro desta empresa? Ela será extinta? E qual o futuro dos seus trabalhadores? O Governo, através dos seus 30% do capital social, vai garantir o pagamento dos salários dos trabalhadores, das suas férias vencidas e não gozadas e das compensações pelo fim do contrato de trabalho ou das indemnizações? E que garantias o Governo pode dar às agências de viagens que venderam os bilhetes da TICV/BestfLy e agora estão a suportar prejuízos de centenas de contos?”, questionou.

Caos no sector dos transportes

Para o mesmo , a situação dos transportes aéreos interilhas continua a ser de caos, com ligações asseguradas por duas aeronaves alugadas em regime de wetleasing.

Ou seja, disse, com enormes custos por hora operada, decorrentes do aluguer dos aviões com tripulação completa, pilotos e assistentes de bordo, todos estrangeiros, com manutenção mecânica e seguro. E que acresce a estes custos proibitivos, outras quantias decorrentes do abastecimento de combustível, taxas aeroportuárias, serviços de handling, reservas, etc.

 Custos estes que apontou estarem   a ser pagos com os impostos dos cabo-verdianos e, no entanto, ve-se registado cada vez mais uma série de cancelamento dos voos, atrasos significativos, passageiros retidos nas diferentes ilhas, determinadas ilhas verdadeiramente sitiadas.

 

Serviço de má qualidade e promessas não cumpridas

 

“Estamos a pagar a preço de ouro por um serviço de má qualidade, que não serve os cabo-verdianos”, enfantizou.

Disse também  há muito que se promete e volta-se a prometer  o aumento da frota de aeronaves para as ligações aérea interilhas;  aeronaves ajustadas às ilhas que, alegadamente, têm menos fluxos de passageiros; A instituição das obrigações de serviço público;  A celebração de um contrato de concessão do serviço público, mediante concurso;  o pagamento de indemnizações compensatórias por custos operacionais decorrentes de rotas contratualizadas com menos fluxo de passageiros.

Enfim, repetimos: mais, da mesma conversa de sempre, que nunca o Governo conseguiu concretizar!”, ressaltou.

O deputado do PAICV espera que estas e outras dúvidas deviam ser esclarecidas ao longo do debate, e que medidas concretas, mensuráveis e com prazos deviam também ser anunciadas, pois os cabo-verdianos, no país e na diáspora, já não suportam mais promessas de soluções que só têm contribuído para agravar a situação dos transportes.

 

 

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Colunistas

Opiniões e Feedback

Antonio
8 days 21 hours

Paz à sua alma.

Antonio
29 days 18 hours

Que grande reflexão do Água Lusa!!! Bem enquadrado. Até os nascidos na era portuguesa não são valorizados.

Daniel Dias
1 month 2 days

Coitado do Leão Vulcão. Perdeu o emprego.

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