A Rússia considera a NATO um "instrumento de agressão e de confrontação" e reserva-se o direito à liberdade de ação após o fim da moratória russa sobre mísseis, afirmou hoje o porta-voz do Kremlin (presidência).
"A NATO, depois de ter tirado a máscara, demonstra de todas as formas possíveis a sua natureza de instrumento de agressão e de confrontação", declarou o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, durante a conferência de imprensa telefónica diária.
A declaração surge numa altura em que o secretário-geral da NATO, Mark Rutte, deverá apelar aos países membros da organização para que aumentem em 400% as capacidades de defesa aérea e antimíssil, segundo a agência de notícias France-Presse (AFP).
"O que está em causa é que os contribuintes europeus estão a gastar o seu dinheiro na luta contra uma ameaça que dizem vir do nosso país. Não é mais do que uma ameaça ilusória", afirmou, também citado pela agência de notícias espanhola EFE.
O porta-voz também aludiu ao possível levantamento da moratória russa sobre a instalação de mísseis de curto e médio alcance em resposta às ações da NATO.
Referia-se às limitações autoimpostas por Moscovo depois de Washington ter abandonado unilateralmente o tratado de eliminação de mísseis de curto e médio alcance (INF), assinado em 1987 pelos Estados Unidos e pela União Soviética, em 2019.
"De uma forma ou de outra, a Rússia terá de responder a essas ações expansionistas e agressivas por parte da NATO e dos países membros da NATO, novos membros da NATO, bem conhecidos por nós, que estão muito próximos das nossas fronteiras", afirmou Peskov, citado pela agência russa Interfax.
Peskov respondia a uma pergunta sobre a possibilidade de a Rússia instalar mísseis em regiões do mundo vulneráveis, após o fim da moratória russa sobre mísseis de alcance intermédio e de curto alcance.
A Semana com Lusa
Terms & Conditions
Report
My comments