O Presidente da República defendeu hoje, durante as cerimónias do Centenário de Amílcar Cabral, “maior respeito e engajamento das instituições do Estado no cumprimento dos seus deveres Constitucionais” para com os símbolos da República.
“Cabral é um símbolo da República e todos, independentemente das suas opções político-partidárias ou ideológicas, devem não só respeitar os símbolos da República, como promovê-los junto à sociedade cabo-verdiana. Também a bandeira, o Hino Nacional, outras datas importantes como o 5 de Julho e 13 de Janeiro são todos símbolos desta República”, explicou.
José Maria Neves manifestou esta preocupação à imprensa momento depois da deposição da coroa de flores e do descerramento da placa que assinala o centenário do nascimento de Amílcar Cabral, no memorial em homenagem simbólica ao “Pai da Nacionalidade Cabo-verdiana”, onde foi notória a ausência dos membros do Governo.
Ainda assim, considerou, o mais alto magistrado da Nação, que Cabral é actualmente uma figura consensual, e que gradualmente os cabo-verdianos vão conhecendo a importância deste centenário, “herói nacional, reconhecido pelo diploma do Estado de Cabo Verde que atribui o 20 de Janeiro, dia do seu assassinato, o Dia dos Heróis Nacionais”.
“Cabral é um símbolo da República e todos, independentemente das suas opções político-partidárias ou ideológicas, devem não só respeitar os símbolos da República, como promovê-los junto à sociedade cabo-verdiana. Também a bandeira, o Hino Nacional, outras datas importantes como o 5 de Julho e 13 de Janeiro são todos símbolos desta República”, explicou.
José Maria Neves disse ser “importante” que todos tenham em consideração o “sentido de Estado, para não só respeitar esses símbolos, mas também para que possam ter consciência do percurso histórico (do país), dos desafios que se tem pela frente, para que juntos possam construir este país”.
Considerando que o Presidente da República deve unir todas as sensibilidades políticas e sociais, José Maria Neves afirmou que tem o papel, nos termos da Constituição, de garantir a liberdade nacional e o respeito pelas instituições da República e garantir a independência do país”.
Para o Chefe de Estado, Amílcar Cabral é sempre uma fonte de inspiração, que se destacou como “um homem de uma enorme generosidade e que doou todo de si para a libertação dos povos africanos, particularmente da Guiné e de Cabo Verde, mas também colocou no centro de toda a sua luta, a dignidade da pessoa humana”.
“Cabral estava sempre preocupado com a liberdade, com a melhoria das condições de vida das pessoas, com o progresso social, económico da África e do mundo, com o combate às desigualdades, à pobreza, e são essas as questões que devem hoje ajudar-nos a pensar o tempo presente e a construir o futuro do nosso país”, realçou.
As cerimónias alusivas ao centenário de Amílcar Cabral, nascido a 12 de Setembro de 1924 na Guiné Bissau, e referenciado como Herói Nacional, político, agrónomo, teórico, estratega e poeta, prosseguem à tarde com uma actividade essencialmente, cultural, denominado “'Cabral e di Mundu” (Cabral é do Mundo), inteiramente aberta ao público em geral.
Durante o evento, que decorrerá na zona exterior à Presidência da República, em frente ao Quartel Jaime Mota, será apresentado o selo comemorativo, uma iniciativa conjunta da Fundação Amílcar Cabral, os Correios de Cabo Verde e os Correios de Portugal que fará correr, em todo mundo, a imagem de Amílcar Cabral, figura, referenciada como “incontornável” da história contemporânea de Cabo Verde, do continente africano e do planeta.
A Semana com Inforpress
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