O presidente do Sindicato Nacional dos Professores (Sindep), Jorge Cardoso, fez hoje balanço positivo dos últimos quatro anos de gestão, reconhecendo que apesar das dificuldades, a actual direcção respondeu de forma acertada aos objectivos propostos.
Apontou como "grande desilusão a perda do estatuto da classe”, e espera que a próxima direção leve este assunto em consideração e “batalhe para sua recuperação”.“E mais do que isso, também a própria justiça, porque houve muita injustiça com os professores. De forma deliberada, o Governo conseguiu o seu intento, que é dividir a classe”, acrescentou, sustentando que a classe docente cabo-verdiana ficou dividida com a aprovação do Plano de Cargos, Funções e Remunerações (PCFR).
O sindicalista falava à Inforpress, no âmbito da VI Conferência Ordinária do Sindep realizada hoje na Cidade Velha, tendo, de entre os pontos da ordem do dia, a eleição dos órgãos directivos, apresentação do relatório de actividade 2021 a 2025, e perpectivas para o futuro da organização.
Sobre o balanço dos quatro anos de gestão, Jorge Cardoso reconheceu os desafios enfrentados tanto no cenário mundial quanto nacional, sublinhando que, apesar das dificuldades, a direção cumpriu de forma positiva o seu papel.
“Portanto, foi extremamente exigente, mas a direção esteve à altura e consideramos que não conseguimos totalmente os nossos objetivos. Mas, de qualquer forma, a classe docente hoje está mais motivada com alguns avanços que nós tivemos e graças, de facto, à direção cessante do Sindep”, disse.
Apontou como "grande desilusão a perda do estatuto da classe”, e espera que a próxima direção leve este assunto em consideração e “batalhe para sua recuperação”.
“E mais do que isso, também a própria justiça, porque houve muita injustiça com os professores. De forma deliberada, o Governo conseguiu o seu intento, que é dividir a classe”, acrescentou, sustentando que a classe docente cabo-verdiana ficou dividida com a aprovação do Plano de Cargos, Funções e Remunerações (PCFR).
Afirmou que antes todos eram professores e hoje os professores que não possuem um grau mínimo de licenciatura ficaram excluídos.
“Também houve uma diferenciação pela negativa das monitoras de infância, que têm licenciatura, portanto, a nova tabela remuneratória faz uma diferenciação enorme. Enquanto os professores de ensino básico e secundário iniciam-se com salário de 91 mil escudos, para essas monitoras com licenciatura o salário é de 73 mil”, lamentou.
Para Jorge Cardoso essa “discriminação” é extremamente grave, justificando que Cabo Verde fez a ratificação junto das organizações internacionais, a nível mundial, e no entanto, continua a fazer essa “injustiça”.
Acusou ainda o Governo de fazer isso de “forma deliberada ao aprovar um documento de costas voltadas com os legítimos representantes da classe docente, que são os sindicatos, principalmente o Sindep, enquanto a maior organização sindical da classe no país”.
A Semana com Inforpress








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