A Câmara Municipal de Santa Catarina e o Governo vão homenagear, esta terça-feira, as vítimas da tragédia do metanol em Agosto de 1986 com um monumento na vila piscatória de Rincão.
Ao memorial edificado no âmbito das obras de requalificação da orla marítima de Rincão, que também vão ser inauguradas na terça-feira, 06, junta-se um outro em homenagem a Mamazinha Ferreira (ferro e gaita).
O acto vai ser presidido pelo primeiro-ministro, Ulisses Correia e Silva, e pela presidente da Câmara Municipal de Santa Catarina, Jassira Monteiro, na presença dos familiares e residentes locais.
O projecto, cujas obras arrancaram em 2020, num investimento de mais de 30 mil contos, contempla ainda calcetamento em pavê, um miradouro, um ‘fitness park’, aproveitamento de uma piscina natural, trilhas para passeio e caminhada, quiosques e uma praça.
A requalificação da orla marítima é financiada em partes pelo Fundo do Ambiente e com recursos da própria da Câmara Municipal de Santa Catarina e o calcetamento pelo Programa de Requalificação, Reabilitação e Acessibilidades (PRRA).
Há 38 anos, ou seja, em Agosto de 1986, a ingestão de metanol, um produto utilizado para arrefecer motores de aviões, provocou, na aldeia piscatória de Rincão, Santa Catarina, interior de Santiago, oito óbitos e cerca de 30 hospitalizados.
Este foi o balanço do triste acontecimento que enlutou a outrora pacata povoação piscatória de Rincão. Mais de três dezenas de pessoas ali residentes ingeriram em grande quantidade um líquido que mais tarde veio a ser identificado como álcool metílico (metanol).
O produto ingerido fora encontrado por três pescadores num bidão que vogava à deriva a uma milha da costa, proveniente do navio a motor “Ilha do Sal”, que encalhou na localidade de Baixo Galhão, ilha do Maio.
Trinta e oito anos depois, não há notícias de que alguém ou instituições tenham sido responsabilizados pela tragédia que enlutou Rincão.
A Semana com Inforpress
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