quinta-feira, 21 novembro 2024

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Cabo Verde reforça formação turística para atendimento mais inclusivo

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O Instituto Cabo-verdiano para a Igualdade e Equidade de Género (ICIEG) e a cooperação espanhola vão reforçar um projeto de formação de operadores turísticos para atendimento mais inclusivo, independentemente da orientação sexual ou identidade de género.

O turismo e tudo o que o rodeia é o grande motor económico do arquipélago, “o país recebe bastantes casais LGBTQIA+ e há que capacitar o setor”, disse à Lusa a presidente do ICIEG, Marisa Carvalho.

Uma primeira fase de formação está no final e o ICIEG assinou com a Fundação Triângulo, uma organização financiada pela cooperação espanhola, e o Instituto do Turismo, um acordo para a segunda fase, que duplica o tempo de execução para 36 meses e o financiamento para 400 mil euros.

Para a presidente, o alargamento vai permitir à instituição realizar um trabalho “mais estruturado” e “mais profundo” junto de toda a sociedade cabo-verdiana.

Além do turismo, o projeto vai formar a comunidade educativa, bem como a sociedade civil cabo-verdiana e os próprios membros da comunidade LGBTQIA+ (lésbicas, gays, bissexuais, transexuais, queer, intersexuais, assexuais e demais orientações sexuais e de género).

Nesta segunda fase, o ICIEG pretende trabalhar com o Instituto Nacional de Estatística (INE) para produzir mais dados sobre a comunidade, depois de um estudo diagnóstico sobre a situação social e jurídica, feito há três anos, pela Comissão Nacional para os Direitos Humanos e a Cidadania (CNDHC).

A ideia é ter uma comunidade “mais robusta” para, posteriormente, “fazer as reivindicações autonomamente”.

“O que nós desejamos é ter uma comunidade que seja sustentável naquilo que são as suas necessidades e o seu trabalho”, manifestou a dirigente.

O projeto vai também ajudar à integração, independentemente da orientação sexual ou identidade de género, em atividades que garantam rendimento.

“Acreditamos que só assim é que a própria comunidade terá capacidade de se fazer ouvir” e de poder estar nas tomadas de decisões, salientou ainda Marisa Carvalho.

Outro foco do projeto passa por ajudar no acesso a cuidados básicos de saúde, principalmente tratamentos hormonais, uma preocupação manifestada há um ano pela presidente do ICIEG.

Marisa Carvalho avançou que, na altura, alguns médicos cabo-verdianos mostraram-se disponíveis para seguir os casos, mas salientou que a substituição hormonal ainda “levará algum tempo”, pelo que vai continuar a fazer esse trabalho junto das organizações de saúde.

No próximo dia 28 de junho assinala-se o Dia do Orgulho LGBTQIA+ e o instituto, em parceria com outras organizações, vai realizar várias atividades, entre elas a tradicional marcha pelas ruas do país.

Cabo Verde dispõe de um Plano Nacional de Igualdade de Género com ações concretas e a dirigente notou que o país está num “lugar cimeiro” em África, onde muitos países tomam medidas de sanção, perseguição e criminalização de pessoas devido à sua orientação sexual.

 

A Semana com Lusa 

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Colunistas

Opiniões e Feedback

David Dias
8 days 21 hours

Todos querem ser escritores. Todos, todos, todos.

António
10 days 20 hours

Descilpem, mas os antigos reformados não vivem assim, pois pensões não foram atualizadas.

António
18 days 18 hours

Quando as eleições terminarem fiscalize essas construções em russ estreitas e que são autenticas autenticas bombas

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