Os trabalhadores da ASA, no Sal, recusaram esta sexta-feira suspender a greve de 48 horas, nos dias 01 a 03 Setembro, a menos que o Conselho de Administração decida pagar o subsídio de férias referente a 2021.
Conforme a Inforpress, os trabalhadores da Empresa Nacional de Aeroportos e Segurança Aérea (ASA) reagiam assim, em conferência de imprensa, ao comunicado em que o Conselho de Administração apela ao cancelamento da greve, manifestando-se disponível para novo encontro, em Setembro, para clarificar a interpretação e o entendimento dos sindicatos Sindcap e Sithur sobre a decisão do tribunal, ouvir as inquietações dos trabalhadores, entre outras questões.
Embora o comunicado de imprensa da administração da ASA seja dirigido aos sindicatos, os trabalhadores acharam que deveriam ser eles a reagir, tendo a equipa de negociação em representação dos trabalhadores (Task Force), liderado por Luís Rocha, reafirmado que estão firmes nessa luta.
“Exigimos tão-somente um direito e garantia reconhecidos e não concordamos com a suspensão da greve, a menos que o CA decida repor a normalidade da situação, pagando o subsídio de férias em causa”, acentuou Luís Rocha, em representação dos colegas.
A mesma fonte conta que foram enviadas várias cartas ao Conselho de Administração (CA) solicitando o encontro, pedindo disponibilidade para se falar do subsídio de férias de 2021, mas o CA, conforme exteriorizou, “simplesmente tem ignorado o assunto”.
“E numa atitude arrogante e de prepotência, respondeu através da carta N18, decidindo que este assunto não é do interesse daquele CA, e só estariam disponíveis para assuntos que se justificarem, sugerindo então que recorrêssemos aos meios considerados adequados para resolvermos a questão”, referiu.
“Que um encontro com o CA não parece ser um desses meios, numa atitude de quero, posso e mando, voltando totalmente as costas aos colaboradores”, reprovou.
Segundo ainda a Inforpress, os trabalhadores para quem o CA tem “agido de má-fé”, dizem ter ficado claro que não iriam abrir mão deste subsídio, “estando tranquilos” face às decisões que tomaram para a resolução da questão.
“Vamos continuar nos mantendo unidos e coesos para mostrar a qualquer CA que devem ter mais respeito, dignidade e consideração para os colaboradores, os verdadeiros donos desta empresa”, exteriorizou Luís Rocha.
“Os trabalhadores conscientes, não precisam de ser manipulados para exigirem com seriedade os seus direitos e garantias que este CA quer menosprezar, actuando sem sentimento quer profissional quer familiar em relação aos colaboradores, nós que somos a máquina laboral da empresa. Merecíamos mais respeito, dignidade e consideração por parte de quem gere os recursos que nós produzimos”, desabafou em nome da classe.
A equipa Task Force apela aos colegas, por todo o País, a não se deixarem “intimidar e desmobilizar”.
“Vamos todos à greve. A ASA somos nós”, instigou segundo a fonte que vimos citando.
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