O diploma sobre o álcool continua a despertar interesse com alguns munícipes na ilha do Sal a manifestarem que a nova lei, em vigor desde sábado, dia 05, está a “barafundar” a cabeça das pessoas, compreendendo que a falta de socialização estará na base dessas dúvidas. Por isso, a peça «Cabo Verde: Nova lei seca do álcool ameaça economia local», editada ontem,06, no ASemanaonline, foi visitada, apenas num espaço de 24 horas, por cerca de 13 mil eleitores.
Só assim se explica o fato de alguns munícipes na ilha do Sal estarem a manifestar que a nova lei do álcool, em vigor desde sábado, dia 05, está a “barafundar” a cabeça das pessoas, compreendendo que a falta de socialização estará na base dessas dúvidas.
Abordados pela Inforpress, pessoas individuais, donos de roulottes, bares e snack-bares, concordam que essa lei foi criada para “limitar” a apetência para o álcool, porém, observam, que as autoridades competentes deviam “socializá-la melhor“ antes da sua oficialização de modo a “evitar confusões”.
Dona de uma roulotte diz-se apreensiva, já que é neste negócio que busca o sustento.“Não sei o que essa lei obriga. Tenho ouvido alguns comentários por alto. Acho que é muito radical. Se assim é, vai ter implicações no meu negócio. Fala-se em empreendedorismo, criação de emprego (…), entretanto quebram-se as pernas às pessoas, levando-as para o desemprego, e a vir passar por necessidades e dias difíceis”, desabafa sem querer ser identificada, com ar de preocupação.
Segundo ainda a Inforpress, o dono da Esplanada Bom Dia, Francisco Xavier, cujo estabelecimento fica junto a uma escola, acredita que a deliberação não irá afectar o funcionamento e as vendas no seu espaço, defendendo, todavia, maior divulgação e informação para melhor esclarecimento das pessoas.
Assegura que teve o cuidado de analisar e perceber essa nova lei, inteirar-se da matéria através de diferentes informações e opiniões passadas na rádio ou nos jornais, tendo concordado com algumas, mas outras nem por isso.
“Julgo que esta nova lei deve merecer melhor socialização para que possamos compreendê-la e dissipar as dúvidas das pessoas sobre as restrições no que tange a venda e o consumo do álcool”, notou.
conforme a fonte referida, a maioria dos jovens admite a situação do consumo de bebidas alcoólicas no país, e em particular no Sal, porém, consideram que as imposições são “exageradas”, atirando ainda, que o maior problema não está no consumo do álcool, mas nas drogas.
A nova lei do álcool foi elaborada no âmbito da campanha “Menos álcool, mais vida”, promovida pela Presidência da República, com o pressuposto de que o alcoolismo constitui um “importante problema social e de saúde pública”, interferindo negativamente na vida pessoal e social de um indivíduo.
Além de proibir a publicidade de bebidas alcoólicas, bem como a sua venda nos serviços e organismos da Administração Pública central e local, nos locais de trabalho, quiosques e outros espaços, a lei zela, também, pela prevenção da procura em espaço escolar, locais de lazer, entre outros, tendo em vista a protecção da saúde e segurança.
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