O deputado da bancada do Movimento para a Democracia (MpD-oposição), Manuel Alves, acusou esta terça-feira a Assembleia Municipal da Praia de ser uma preguiçosa que gasta 900 contos mensais sem fazer nada.
"A assembleia municipal já tem cinco meses sem reunir, uma Assembleia preguiçosa que gasta 900 contos por mês não faz nada, nem sessão. O mais grave é uma deliberação nas próximas horas que vamos discutir relativamente a um empréstimo de 600 mil contos, uma deliberação com voto de qualidade”, afirmou, advertindo que 600 mil contos há seis meses de mandato terminar é uma afronta à Assembleia Municipal.
Daí que, avançou, o seu partido vai pedir a sua anulação porque, argumentou ainda, não passou pela Câmara Municipal.
“Esta é uma câmara municipal que não funciona com transparência. Nós chamamos atenção logo no início da sessão, como é que uma câmara marca uma sessão extraordinária e não faz sessão ordinária. Agora vem sair com sessão extraordinária para aprovar deliberações de empréstimo bancário, de loteamento, de cedências”, disse.
Segundo Manuel Alves esta é uma sessão ilegal daí o seu partido votar contra a ordem do dia, numa sessão que acrescentou, começou com uma hora de atraso devido a falta de um deputado do PAICV, um jurista, que foi substituído, conforme o mesmo, porque não está de acordo com o voto de qualidade na Câmara Municipal da Praia.
Durante a sessão o Movimento para a Democracia acusou ainda o Partido Africano da Independência de Cabo Verde (PAICV-poder) de ter estado a omitir narrações na acta, de demora na publicação e aprovação, indicando que há seis actas de 2022 que só agora estão a ter acesso para num curto período de tempo fazer análise.
Por seu lado, o líder da bancada do PAICV, Aquiles Barbosa, afirmou que a Assembleia Municipal não existe sem as duas bancadas, frisando que todas as assembleias funcionam através da câmara que é quem delibera sobre o funcionamento da cidade.
“Esta é uma oposição irresponsável que tem de vir cá atacar a Assembleia Municipal que teve atrasos, sendo que as actas são sempre apreciadas nas sessões anteriores. Agora a ideia de trazer actas ou de esconder coisas é uma falsidade, porque há um conjunto de instrumentos regimentais que dão direito aos deputados que podem solicitar gravações, mas nunca fizeram isso”, declarou.
A bancada do PAICV lembrou que já hoje houve momentos na liderança do MpD na Câmara Municipal em que a acta demorava dois anos para ser publicada e que antes tudo quanto vinha da bancada do PAICV era rejeitado.
Aquiles Barbosa assegurou que a Assembleia Municipal tem reunido sempre e que têm convidado a oposição para visitas conjuntas, mas não aparecem e nem aparecem em reuniões conjuntas para discussão de temas de “interesse” municipal, concluindo que esta não é a oposição que querem para a Praia.
A Semana com Inforpress
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