atenção do mundo nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) e na urgência de consensos sobre o financiamento climático, disse hoje o chefe da diplomacia cabo-verdiana.
“Esta Assembleia-Geral das Nações Unidas vai certamente representar um momento fundamental rumo à concretização da Agenda 2030 e alertar para a necessidade urgente de voltar aos trilhos dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS)”, referiu Rui Figueiredo Soares, que vai participar das reuniões daquele órgão, em Nova Iorque.
O ministro dos Negócios Estrangeiros, Cooperação e Integração Regional falava em conferência de imprensa, na Praia, um dia antes de partir para Cuba, rumo à cimeira do grupo de países em desenvolvimento (grupo G77+China) e, logo de seguida, no sábado, para a sede da ONU, em Nova Iorque.
Rui Figueiredo Soares vai juntar-se ao primeiro-ministro Ulisses Correia e Silva que representará o arquipélago lusófono no encontro anual das Nações Unidas sob o lema "Reconstruir a confiança e reacender a solidariedade global”, explicou o MNE.
A agenda inclui vários eventos paralelos.
“Haverá uma cimeira sobre os ODS, nos dias 18 e 19, para que os ‘aceleradores’ possam ser tidos em devida conta, para que a humanidade possa ver dias melhores”, destacou o MNE cabo-verdiano.
Por outro lado, “uma das questões fundamentais relativamente aos pequenos estados insulares em desenvolvimento [SIDS, sigla inglesa] é a questão das alterações climáticas e, sobretudo, o financiamento para que os países possam dar respostas eficazes a questões que têm a ver com as diferentes transições que vivemos”, referiu – mudanças como a transição energética.
A agenda em Nova Iorque inclui também “uma cimeira sobre essas questões” e “a mensagem fundamental que iremos levar é a urgência de termos uma ação concertada, neste planeta, que é único”, sublinhou.
A ação concertada deve fazer com que “grandes e pequenos [países] possam, juntos, encontrar soluções viáveis”, sublinhou.
Cabo Verde leva a mais recente experiência com Portugal.
“A experiência que Cabo Verde teve, recentemente, de assinar com Portugal um acordo para financiamento de ação climática através da divida, será partilhada também com os nossos parceiros”, concluiu.
Ulisses Correia e Silva e o seu homólogo português, António Costa, assinaram no dia 20 de agosto, em Lisboa, um acordo de criação pelas autoridades cabo-verdianas de um Fundo Climático Ambiental, em que Portugal assume o compromisso de participar com 12 milhões de euros.
O montante corresponde ao valor que seria entregue pelo Estado cabo-verdiano, como reembolso de capital, no âmbito do Contrato de Consolidação da Dívida de Cabo Verde a Portugal, celebrado em 01 de fevereiro de 2022.
A agenda da deslocação dos lideres cabo-verdianos a Nova Iorque inclui vários eventos paralelos na órbita da Assembleia-Geral das Nações Unidas em que Cabo Verde vai participar.
Haverá um encontro de alto nível sobre prevenção e preparação de resposta a pandemias, assim como uma iniciativa sobre a aliança dos SIDS em prol da natureza e ações de defesa dos oceanos. A Semana com Lusa
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